O fogo que começou no sábado à noite na serra de Sintra foi dado como dominado alguns minutos antes das 11.00, 12 horas após o início, anunciou a Proteção Civil na sua página na internet. No local continuam mais de 700 operacionais, apoiados por 225 veículos e sete meios aéreos.
"O trabalho que está a decorrer neste momento tem a ver com a consolidação de todo o perímetro do incêndio, que é um perímetro de alguma forma extenso, pelo que importa fazer a extinção completa do incêndio, das zonas mais quentes, assim como efetuar um trabalho de rescaldo mais consolidado para que o incêndio não se reative durante as próximas horas", sublinhou o comandante Paulo Santos, em declarações à Lusa.
"As previsões para o fim da tarde são que o vento aumente novamente de intensidade, mudando inclusive de quadrante, o que pode de alguma forma prejudicar nosso trabalho se ele não for bem feito agora", disse o comandante Paulo Santos.
Há apenas duas horas o incêndio ainda tinha duas frentes ativas, que ainda preocupavam a proteção civil, mas o reforço de meios aéreos logo ao início da manhã estava a dar resultados, disse esta manhã o comandante distrital de Lisboa da ANPC, André Fernandes.
Durante a noite, as chamas obrigaram a retirar 300 pessoas do parque de campismo de Cascais e outras 47 de outras localidades, como Biscais, Figueira do Guincho e Almoínhas. André Fernandes disse que foi evacuação do parque de campismo foi feita "por precaução" e que decorreu "dentro da normalidade, não havendo vítimas a registar nem danos materiais".
Mas a noite foi complicada, com rajadas de vento de cerca de 100 km/hora que não deram descanso aos bombeiros. A situação de manhã mudou, com "uma janela ecológica que neste momento se encontra favorável", com temperaturas na casa dos 23 a 25 graus. "São condições totalmente diferentes", salientou o comandante.
Também a redução da visibilidade dos profissionais, o facto de terem de trabalhar em segurança e de "muitas vezes terem de deixar os trabalhos de consolidação do incêndio para defender as habitações, que estão muito dispersas na floresta", contribuíram para que o trabalho durante a noite "tivesse sido muito difícil", acrescentou o comandante Paulo Santos, à Lusa.
A Proteção Civil dá conta de 21 feridos ligeiros, incluindo um ferido leve civil com queimaduras no braços e pernas, de primeiro e segundo grau, que "não inspira grandes cuidados"; oito operacionais, com lesões oculares e traumas nas pernas que foram levados para o hospital de Cascais; e nove bombeiros assistidos no local e já de regresso ao teatro de operações.
Cerca das 08:00, o incêndio estava a ser combatido por 740 operacionais, apoiados por 219 veículos e quatro aviões anfíbios, dois helicópteros, um pesado e outro ligeiro, e um avião de reconhecimento.
André Fernandes disse ainda que há duas estradas cortadas na área - a estrada nacional 247 e a estrada nacional 9-1 - e apelou a todos para que não tentem circular na área e deixem as vias livres para os meios de socorro. Nesta altura há 740 operacionais no terreno, corporações de Lisboa e Setúbal, apoiados por 219 veículos e quatro aviões anfíbios, dois helicópteros, um pesado e outro ligeiro, e um avião de reconhecimento.
Sobre os danos materiais, André Fernandes disse que alguns apoios de madeira nalgumas áreas habitacionais ficaram danificados e um veículo ligeiro ardeu, adiantando que, neste momento, equipas da GNR, da PSP, polícias municipais de Cascais, Sintra e outros meios das duas câmaras municipais estão a fazer a validação da área afetada para verificação de mais danos do parque habitacional ou edificado.
Foram ainda retirados 70 animais do Clube D. Carlos e do Centro Hípico do Estoril, na Charneca, que foram levados para o hipódromo Manuel Possolo, em Cascais
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