Mundo
25 agosto 2019 às 12h53

Trump admite repensar guerra comercial com a China. Casa Branca desmente abertura

Dois dias depois de ameaçar dar ordens para as empresas norte-americanas saírem da China, presidente norte-americano diz que está a repensar sobre a guerra comercial, como repensa sobre todos os temas. Casa Branca diz que Trump foi mal interpretado.

DN

O presidente dos EUA recuou na ameaça de escalar a guerra comercial com a China, admitindo repensar a estratégia, apenas dois dias depois de ordenar a saída de empresas americanas do país em declarações no Twitter. À pergunta se estaria a repensar a escalada da guerra comercial, Donald Trump disse: "Sim, claro. Porque não?" À insistência sobre o assunto, Trump foi mais genérico: "Eu repenso sobre tudo."

Em comentários aos jornalistas antes do encontro com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, Trump disse que agora não tinha planos para usar uma lei de emergência datada de 1977 para forçar as empresas a deixar a China como punição pelas práticas comerciais do país. "Se eu quiser, eu posso declarar uma emergência nacional", disse Trump no início de um dia de reuniões com os líderes mundiais na cimeira do G7 em Biarritz, sudoeste de França.

Trump acrescentou: "Na verdade, estamos a dar-nos muito bem com a China neste momento. Estamos a falar. Penso que eles querem fazer um acordo muito mais do que eu". O tom do presidente dos EUA foi uma reviravolta nas suas declarações mais ameaçadoras, que incluíram um tuíte em que ordenava as empresas americanas "a começar imediatamente a procurar uma alternativa à China".

No entanto, a Casa Branca, pela porta-voz Stephanie Grisham afirmou que os meios de comunicação não compreenderam o que Trump queria dizer. "A sua mensagem foi muito mal compreendida", disse em comunicado. "Ele lamenta não aumentar as tarifas de forma mais acentuada."

Há dois dias Trump respondeu às retaliações comerciais da China ao anunciar novo aumento das tarifas sobre os produtos chineses.

No final do encontro com Johnson, Trump prometeu um acordo bilateral de comércio "bastante rápido", assim que o Reino Unido abandonar a União Europeia. Disse ainda que Boris Johnson é "o homem certo" para liderar o Brexit.

O chefe de Estado norte-americano disse ainda que os Estados Unidos estão "muito próximos" de concluírem um acordo comercial "importante" com o Japão.