Isilda Neves disse à Lusa que está a ser preparada uma campanha de vacinação para identificar crianças que ainda não estão imunizadas contra a doença, que vai começar no fim de semana, prolongando-se por dez dias.
A par desta campanha, prosseguiu, já está a decorrer desde a segunda semana de abril a intensificação da vacinação nos bairros de Saurimo, capital da Lunda Sul, e nos restantes municípios da província.
"No fim de semana é que vamos fazer uma intervenção grande: Estamos a fazer a formação das equipas para irmos todos para a rua. Estamos a contar no mínimo com 100 equipas, em que cada equipa tem quatro elementos - dois técnicos, um de apoio para a mobilização e outro para registar as crianças vacinadas", referiu.
A campanha, segundo a responsável nacional da saúde pública, acontece primeiro em Saurimo, para depois serem abrangidos os restantes três municípios que integram a província.
"Desde o início do ano foram registados 1.297 casos e 47 óbitos, a maioria em Saurimo", acrescentou Isilda Neves.
As autoridades sanitárias estão a tentar controlar o quadro, em que mais de 90% dos casos estão a ser registados em crianças que não foram vacinadas, referiu.
"Um dos problemas que identificamos dá conta de que muitas crianças que já passaram da idade de vacinação contra o sarampo não foram vacinadas. Como existe um número elevado de crianças na mesma casa, estamos a encontrar também casos em menores de nove meses e esta é uma preocupação nossa também", referiu.
Para as crianças que já tiveram sarampo, com menos de nove meses, está prevista a sua imunização, a partir dos seis meses de idade.
"As que não tiveram, temos de ver, porque esta intensificação da vacinação já está a acontecer desde a segunda semana do mês de abril e vamos ter de verificar o cartão de vacinação das crianças que já foram vacinadas nesse período", explicou.