Timor-Leste foi um dos dois países do sudeste asiático a eliminar a existência de casos de sarampo no seu território, sendo o outro a Coreia do Norte, e um dos seis da mesma região que tem agora controlo sobre os casos de rubéola.
"O cumprimento destes objetivos demonstra a determinação e o compromisso dos países na região pela saúde das mulheres e crianças e para uma cobertura de saúde universal", disse Poonam Khetrapal Singh, diretora regional da OMS no Sudeste Asiático.
Timor-Leste e Coreia do Norte juntam-se assim ao Butão e Maldivas, que no ano passado, tinham sido os primeiros países na região a eliminar o sarampo.
Quanto ao controlo da rubéola e do síndroma de rubéola congénita, Bangladesh, Butão, Maldivas, Nepal, Sri Lanka e Timor-Leste são os países do sudeste asiático que já alcançaram este objetivo.
O anúncio foi feito após o encontro da Comissão de Verificação Regional, uma equipa de especialistas independentes, que se reuniu em Nova Deli entre os dias 31 de julho e 02 de agosto.
De acordo com o comunicado, a Comissão verificou que a República Popular da Coreia e Timor-Leste interromperam a transmissão de sarampo por mais de três anos.
Em 2014, a OMS do Sudeste Asiático anunciou a eliminação de sarampo e o controlo da rubéola e do síndroma de rubéola congénita como um dos principais objetivos, e desde então, todos os onze países da região tomaram medidas nesse sentido.
Segundo o comunicado, entre as medidas consta o reforço da vacinação contra o sarampo e a rubéola, o aumento da vigilância, a construção de redes de laboratórios e alavancar o alcance e o apoio das redes já existentes, como o programa de erradicação do pólio.
A Comissão também reconheceu o "progresso tremendo" feito pelos países da região nos últimos quatro anos.
Khetrapal Singh acrescentou que os profissionais na região estão mais bem preparados e que as infraestruturas estão mais fiáveis.
"Estamos a caminhar para um futuro mais brilhante e saudável para todos - um futuro livre de doenças combatíveis por vacinas, mortes desnecessárias e o sofrimento consequente", acrescentou a responsável.
"O sarampo move-se depressa, e nós precisamos de nos mexer ainda mais rápido para proteger as nossas crianças das suas consequências severas", concluiu.
Cerca de 400 milhões de crianças na região serão vacinadas no biénio 2018-19.
As conclusões apresentadas no comunicado são baseadas numa "análise profunda dos dados e relatórios fornecidos pelos comités de verificação nacional".