O Paris Saint-Germain é o primeiro finalista da Liga dos Campeões, cuja final a oito decorre em Lisboa, depois de vencer, no Estádio da Luz, O RB Leipzig, por 3-0.
Os parisienses dão assim um passo de gigante para alcançar o objetivo prioritário do clube desde que, em outubro de 2011, a Qatar Sports Investment adquiriu o clube, tornando-o num dos mais poderosos do mundo em termos financeiros. Seguiram-se nove anos de investimento louco, durante o qual chegaram muitas estrelas a peso de ouro, num total de 1217 milhões de euros. Seis jogadores foram mesmo contratados por 50 milhões de euros ou mais, casos de Neymar (222 milhões), Kylian Mbappé (180), Edinson Cavani (64), Angel Di María (63), Mauro Icardi (50) e David Luiz (50).
Com tanta estrela a chegar ao Parque dos Príncipes - um dos primeiros foi Zlatan Ibrahimovic -, a verdade é que o PSG conseguiu o domínio na Liga francesa, com sete títulos de campeão em nove épocas, mas a nível internacional faltava sempre qualquer coisa e o PSG caiu quatro vezes consecutivas nos quartos-de-final e depois três nos oitavos-de-final. Pelo caminho foram caindo diretores desportivos, entre os quais o português Antero Henrique, e os treinadores Carlo Ancelotti, Laurent Blanc e Unai Emery.
E quando parecia que os parisienses se estavam a afastar do sonho, eis que o PSG, na segunda época com o alemão Thomas Tuchel como treinador, consegue agora chegar à tão desejada final graças ao talento de Neymar, Di María e Mbappé, mas também à visão de jogo e capacidade de passe do argentino Leandro Paredes.
A noite desta terça-feira no Estádio da Luz foi uma demonstração de superioridade inequívoca do PSG perante o RB Leipzig. O resultado começou a ser construído logo aos 13 minutos, quando Di María cobrou um livre teleguiado para a cabeça do brasileiro Marquinhos para o fundo da baliza.
O jogo era marcado pelos toques de magia de Neymar - que viu o poste negar-lhe um livre fantástico - e por um ataque francês constantemente ameaçador pela velocidade furiosa com que chegava à baliza alemã. No entanto, foi um erro do guarda-redes Gulácsi a jogar com os pés, que permitiu a Paredes intercetar o lance, servindo para Neymar que, com um toque de classe, isolou Di María para o 2-0. Estavam decorridos 42 minutos e, no banco de suplentes, o jovem treinador dos alemães Julian Nagelsmann levava as mãos à cabeça, desesperado.
Para a segunda parte, o RB Leipzig entrou com tudo para tentar o milagre de dar a volta ao marcador. É certo que o PSG recuou, mas tornou-se numa equipa matreira, procurando explorar as perdas de bola do adversário para lançar a sua velocidade furiosa. A machadada final foi dada aos 56 minutos, quando Mukiele caiu quando tentava despachar uma bola, tendo aproveitado Di María para cruzar direitinho para a cabeça do defesa-esquerdo Juan Bernat para o terceiro golo.
É certo que o RB Leipzig não se rendeu, continuou a lutar, procurando assim mostrar que a presença nas meias-finais, naquela que foi a segunda participação na Champions, foi amplamente justa e foi o corolário de uma excelente temporada na Europa.
Quanto ao PSG, na segunda meia-final da sua história (em 1995 tinha caído aos pés do AC Milan) conseguiu finalmente chegar ao jogo decisivo que vale a o troféu mais desejado. Agora, só falta saber quem será o adversário ou o favorito Bayern Munique, octocampeão da Bundesliga, ou os também do Lyon, frente a quem, antes de viajar para Champions de Lisboa, venceu a Taça da Liga francesa no desempate por penáltis. Esta terça-feira, em Alvalade, ficará a saber-se quem estará na final de domingo.