Sim, porque nesta transformação, na qual o digital tem uma grande responsabilidade, os conhecimentos que os estudantes aprenderam há 20, 30 anos, sendo ainda profissionais relativamente jovens, já estão desatualizados ou precisam de ser complementados. E portanto nós vamos apostar também fortemente na formação ao longo da vida, no upskilling e no reskilling. Uma outra área importantíssima para nós é o talento. Temos obrigação de, à nossa dimensão - e é preciso que se perceba que todas as universidades portuguesas são relativamente pouco financiadas ou pobres, comparativamente com as universidades europeias -, atrair o melhor talento nacional e internacional. A universidade vai estar focada na atração de talento com perfil internacional, que é diferente de dizer que são estrangeiros. Nós temos atraído recentemente muitos portugueses que estavam a trabalhar no estrangeiro e quiseram vir para a Universidade Nova de Lisboa. E para atrair esse talento internacional é necessário que tenhamos um programa de rejuvenescimento do corpo docente, o que vai acontecer naturalmente, porque os mais velhos, entre os quais eu me conto, tendem naturalmente a reformar-se; e, ao mesmo tempo, precisamos de atrair com contratos compensadores os jovens que querem vir para a universidade. E aí, orgulho-me de dizer que a Universidade Nova tem os regulamentos de contratação por contrato individual de trabalho mais avançados do país e que permitem estabilidade no emprego, que também é um aspeto muito importante. Mas seria injusto estar focado só nisso, também estamos muito preocupados em promover aqueles que já deram à universidade 15, 20, 25, 30, 40 anos - é o meu caso - de trabalho. Eu sou um adepto fervoroso de distinguir entre contratar e promover. E também temos de ter atenção ao talento que está dentro da universidade e tem uma expectativa grande de promoção.
Outro aspeto que para mim é muito relevante tem que ver com as questões do conhecimento e da inovação para a sustentabilidade. Considero que, neste momento, se pensarmos por regiões, a sustentabilidade é um valor europeu. Será também de outras áreas, mas a Europa assumiu resolutamente com o Green Deal e o NextGenerationEU as questões da sustentabilidade. E isso cria a uma universidade europeia como é a Nova de Lisboa a responsabilidade de tornar endógenas na sua atividade as questões de sustentabilidade. A nossa ideia é apostar fortemente nesta área e criámos plataformas interdisciplinares onde podemos de alguma maneira parquear os nossos projetos. Desde logo, temos a plataforma NOVAsaúde e que envolve várias faculdades da universidade, depois temos uma plataforma nova chamada NOVA 4 the Globe, Nova para o Globo, que tem precisamente que ver com estas questões globais.