Tinha prometido que me daria a última entrevista. Cumpriu. No dia 19 de novembro de 2020 , às três em ponto, subi para o apartamento de Carlos do Carmo na Avenida dos Estados Unidos, em Lisboa. Uma empregada abriu-me a porta. O Carlos apareceu logo de seguida. Tinha-me pedido para não levar fotógrafo. Percebi. Estava fragilizado, embora bem disposto e extremamente lúcido. Ficámos duas horas à conversa, frente a frente, com uma pequena mesa pelo meio. Saí da entrevista duas horas depois. Obrigado, Carlos.