Citando dados da Autoridade para as Condições do Trabalho, relativos a 2016, a CGTP referiu em comunicado que o número total de certificações de doenças profissionais foi de 4.189. ."O número de doenças certificadas a mulheres (2.968, ou seja, 70,9%) foi francamente maior do que o número de doenças certificadas a homens (1.221, ou seja, 29,1%)", disse a central sindical. . Segundo o mesmo documento, que também recorreu a informações da Segurança Social e do Departamento de Proteção Contra Riscos Profissionais, em março de 2019 existiam 14.914 mulheres a receberem prestações por doença profissional..Os cinco distritos onde esse número é mais elevado são o Porto (21,54%), Setúbal (18,79%), Aveiro (17,79%), Lisboa (13,56%) e Leiria (9,69%)..De entre as doenças profissionais, a CGTP destacou as lesões musculoesqueléticas relacionadas com o trabalho que, na maioria dos casos, são tendinites, que se devem "com frequência a traumatismos repetidos, resultantes de movimentos ou de posturas extremas"..Segundo a intersindical, as tendinites "têm vindo a aumentar com a globalização, com o uso de novas tecnologias, como os computadores, e com os novos processos laborais voltados para a produção em massa, como acontece nas linhas de montagem de automóveis, na indústria elétrica e eletrónica".."O desinvestimento patronal na prevenção do risco, necessária à promoção da segurança e saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras, é hoje uma realidade transversal ao setor privado e público, que urge alterar", considerou ainda a central sindical.