Cheias obrigam a tirar dois mil turistas de Machu Picchu

Desde domingo que estão retidos em Machu Picchu cerca de dois mil turistas por causa das chuvas que originaram um deslizamento de terras na via férrea, impedindo os comboios de circular. O português João Maciel é um dois portugueses retidos e já entrou em contacto com o pai, Luís Maciel, pela Internet garantindo que está bem. No entanto, a secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas garantiu ao DN não haver relato de turistas portugueses retidos em Machu Picchu.
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Luís Maciel, pai de João Maciel que se encontra retiro em Machu Picchu garantiu ao DN que são dois os portugueses que se encontram naquela situação, no Peru.

As chuvas causaram um deslizamento de terras na linha ferroviária impedindo assim os turistas de sair de Machu Picchu, mas até agora não houve retirada de nenhum turista por parte das entidades peruanas.

Argumentam que "o mau tempo os impede de prestar socorro", mas Luís Maciel disse ao DN, depois de ter falado com o filho que "não é verdade" porque "a chuva só acontece durante a noite, possibilitando assim a chegada de helicópteros de salvamento durante o dia".

Entretanto, os mantimentos começam a escassear já que cerca de dois mil turistas estão retidos num pequeno aldeamento de Machu Picchu desde domingo.

Luís Maciel explicou ainda que a "chuva persiste impedindo por isso a remoção das terras da linha do comboio".

O turista português, João Maciel, garantiu que está bem. Sabe que outro português também se encontra em Machu Picchu mas segundo Luis Maciel o filho "já andou à procura dele mas não o encontrou".

Fonte da secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas garantiu ao DN não haver relato de turistas portugueses retidos em Machu Picchu.

Argentina de 20 anos e um guia local peruano morreram num deslizamento de terras.

As autoridades peruanas pensavam usar seis helicópteros militares para resgatar os turistas, retidos nas ruínas incas e na povoação de Aguascalientes, mas o mau tempo só permitia usar um.

As fortes chuvas sentidas no fim-de-semana fizeram transbordar os rios da região e obrigaram ao corte de estradas. Além disso, deu-se uma derrocada que bloqueou a linha de caminhos-de-ferro, que faz a ligação entre as ruínas incas e Cuzco. 

Os turistas foram retirados em grupos de 20 num helicóptero da polícia, com os outros a ficarem em terra por causa do mau tempo. "Os turistas estão retidos em hotéis, albergues e na estação ferroviária", disse o ministro de Comércio e Turismo peruano, Martin Perez.

Segundo o relato de uma turista brasileira ao site G1, da Globo, o preço da água e da comida já subiu e há pessoas que estão a dormir na rua. "Eles nos deram água ontem, mas uma garrafinha para cada pessoa. Comida não deram. Não tem como chegar comida aqui", disse a estudante Larissa Rangel, de 19 anos.

Uma turista argentina, de 20 anos, morreu no chamado Caminho do Inca, num deslizamento de terras, assim como um guia peruano.

Várias regiões do Peru encontram-se em estado de emergência por causa do mau tempo e o acesso às ruínas de Machu Picchu - o principal destino turístico do país - estará cortado durante alguns dias.

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