"A AIMA não confirma os números que constam das notícias, mas nós temos reporte de insatisfação e preocupação", assegura, garantindo que conhece o relatório em questão. "Queria deixar uma palavra forte de solidariedade e compreensão para os trabalhadores da AIMA e o próprio Conselho Diretivo, que foram sujeitos a um fardo administrativo muito duro, a um peso de erros e já agora a 350.000 pendências logo para começar, mas a crescer por causa das regras existentes. Precisamos de uma nova motivação e um novo incentivo", sublinha.
O jornal Expresso adiantou, esta sexta-feira, que cem funcionários da AIMA pediram para sair do organismo. O documento citado pelo jornal revela que o novo organismo entrou em funções em outubro com apenas 714 funcionários. Depois, saíram vários efetivos, que não foram compensados pelas entradas na AIMA. O relatório confirma que existem vários pedidos de mobilidade, o que significa que vão sair, em breve, cerca de uma centena de trabalhadores.
Leitão Amaro acrescenta que a responsabilidade pelo atraso na tramitação dos processos de quase 400 mil pedidos de autorização de residência e renovações não é dos trabalhadores.
"A responsabilidade do que temos não pode ser imputada aos trabalhadores da AIMA", afirma. "Houve uma grande vontade, durante um par de semanas, quando as pessoas não tinham percebido bem a dimensão do problema que aqui existia, de procurar pessoalizar isto. Francamente, falando sobre o presente e sobre o passado, todas as pessoas, incluindo o Conselho Diretivo da AIMA, receberam uma herança pesadíssima", considera.