Os primeiros resultados das autópsias feitas aos corpos de quatro das sete vítimas mortais do naufrágio do iate "Bayesian", ao largo da Sicília, Itália, no mês passado, sugerem que morreram sufocadas, como revelaram esta quinta-feira os media italianos.
Nas autópsias feitas aos corpos do advogado americano Chris Morvillo, da sua mulher Neda Morvillo, do presidente do banco Morgan Stanley International Jonathan Bloomer e da sua mulher Anne Elizabeth Judith Bloomer não foram detetados sinais de água nos pulmões, traqueia e estômago.
Estas primeiras análises, realizadas na quarta-feira pelo Instituto de Medicina Legal do Hospital Policlínica de Palermo, sugerem que as quatro vítimas terão esgotado o oxigénio na bolha de ar que se formou na cabine, antes de se tornar tóxica, devido ao dióxido de carbono, à medida que a embarcação se afundava, depois de ter sido atingida por uma forte tempestade, segundo refere o jornal italiano La Repubblica.
Falta ainda realizar as autópsias do empresário britânico Mike Lynch e da sua filha de 18 anos, que devem ser feitas nas próximas horas, e de Recaldo Thomas, o cozinheiro do iate de luxo.
Tendo em conta os resultados já apurados nas autópsias de quatro das sete vítimas, os médicos forenses apontam para uma "morte por confinamento", também conhecida por "por afogamento seco", segundo refere o jornal italiano.
Recorde-se que 15 pessoas conseguiram ser resgatadas vivas, sendo que está em curso uma investigação para apurar as circunstâncias em que ocorreu o naufrágio na madrugada de 19 de agosto, ao largo da costa Porticello.
Três tripulantes, estão na mira das investigações, entre os quais o capitão do iate, o neozelandês James Cutfield, por suspeita de presumíveis crimes de naufrágio e homicídio múltiplo por negligência.