Não há registo de uma tão vincada impopularidade do presidente da República. No regresso dos barómetros políticos trimestrais da Aximage para o DN, JN e TSF, recebe quase duas avaliações negativas (60%) por cada nota positiva (32%). Pior ainda: quando se compara Marcelo Rebelo de Sousa com os líderes dos nove maiores partidos, só André Ventura está pior.
A última vez que se pediu a opinião dos portugueses sobre o presidente da República, em abril passado, o saldo (diferença entre notas positivas e negativas) foi positivo. Dois meses depois, não só é negativo, como é a pior avaliação de que há registo nesta série de barómetros, iniciados em junho de 2020: 28 pontos de saldo negativo.
Em abril passado, percebeu-se que havia dois segmentos que mantinham Marcelo no verde: as mulheres (nos homens a avaliação já era negativa); e os eleitores da AD (entre os restantes já tinha caído em desgraça, incluindo os socialistas, que foram, durante os últimos anos, a trave-mestra da sua popularidade). Neste mês de junho, o saldo é negativo em todos os segmentos da amostra (regiões, género, idades, classe social). A debandada inclui até os eleitores da AD (défice de 21 pontos).