Transportes
03 outubro 2024 às 16h36
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Novo Passe Ferroviário Verde só pode ser usado nos Urbanos fora das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto

O passe terá um custo de 20 euros para 30 dias, "podendo ser adquirido também para 60 e 90 dias, pelo valor de 40 euros e 60 euros, respetivamente", e carregado "em qualquer dia do mês".

O novo Passe Ferroviário Verde vai permitir andar em todos os comboios urbanos de Coimbra, mas nos de Lisboa e Porto só fora das respetivas áreas metropolitanas, segundo um documento a que a Lusa teve acesso.

De acordo com um documento da CP a que a Lusa teve acesso, com o novo passe mensal de 20 euros será possível "viajar em qualquer percurso nos comboios Regionais e Urbanos de Coimbra, e na segunda classe dos Interregionais e Intercidades".

"Nos comboios urbanos de Lisboa pode viajar no percurso fora da área metropolitana (percurso Carregado - Azambuja), ao passo que nos do Porto o critério é o mesmo, sendo os percursos fora da área metropolitana "Vila das Aves - Guimarães, Paredes - Marco de Canaveses, Paramos - Aveiro e Lousado - Braga", pode ler-se no documento.

O passe terá um custo de 20 euros para 30 dias, "podendo ser adquirido também para 60 e 90 dias, pelo valor de 40 euros e 60 euros, respetivamente", e carregado "em qualquer dia do mês".

"O Passe Ferroviário Verde vem substituir o PFN [Passe Ferroviário Nacional], alargando a sua utilização a outros serviços", não sendo acumulável com outros descontos, refere o mesmo documento.

Passe Ferroviário de 20 euros no Intercidades implica reserva no máximo de 24 horas

A utilização do Passe Ferroviário Verde, de 20 euros mensais, nos Intercidades prevê a reserva obrigatória de lugar com antecedência máxima de 24 horas, que tem de ser feita nas bilheteiras da CP ou máquinas de venda automática em Lisboa.

O documento da CP, a que a Lusa teve acesso, refere que o Passe Ferroviário Verde vai ser válido no serviço Intercidades, em segunda classe, "com reserva de lugar antecipada e obrigatória", sendo que "a antecedência para a realização de cada reserva de lugar é no máximo de 24 horas" e "terá de ser feita nas bilheteiras da CP e nas novas Máquinas de Venda Automática instaladas nas estações da área Metropolitana de Lisboa".

Segundo o mesmo documento, "em breve, estará disponível a reserva de viagem para o Intercidades na bilheteira online e na App CP".

Aquele passe não é válido nos serviços Alfa Pendular e Internacional Celta, nem na primeira classe dos serviços Intercidades e InterRegional.

Ainda relativamente ao serviço Intercidades, é permitido reservar lugar, sem custos, no máximo para duas viagens distintas por dia.

O passe tem o valor de 20 euros para 30 dias consecutivos de utilização, mas pode também ser adquirido para 60 e 90 dias, por 40 e 60 euros, respetivamente, e é carregado no Cartão CP que, segundo o site da transportadora, tem um custo de seis euros (três euros para estudantes).

Quem já tem Cartão CP, pode usá-lo para o carregamento do Passe Ferroviário Verde, desde que o mesmo esteja válido.

"O portador de um passe não carregado ou um cliente com passe carregado que não faça reserva para o comboio Intercidades, é considerado cliente sem título de transporte, sujeito à aplicação de coima", refere o documento.

O passe Ferroviário Verde não pode ser trocado nem reembolsado e, "no caso de supressão do comboio ou para pedidos de reembolso e indemnização por atraso, por motivos imputáveis à CP, devem ser consultadas as condições em vigor para passes e assinaturas CP".

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou em agosto, na Festa do Pontal, em Quarteira, distrito de Faro, um passe ferroviário de 20 euros mensais que dará acesso a todos os comboios urbanos, regionais, inter-regionais e intercidades.

O passe está incluído num "plano de mobilidade" que será aprovado, com o objetivo de facilitar a utilização de meios de transporte sustentáveis, que não causem problemas ambientais, disse o primeiro-ministro.

Na sexta-feira, o Conselho de Ministros reúne-se sobre o tema da mobilidade e transição energética, no Entroncamento, para onde os membros do Governo se vão deslocar de comboio, com partida da Estação de Santa Apolónia, em Lisboa.

A Comissão de Trabalhadores (CT) da CP considerou que o passe ferroviário de 20 euros mensais vai ser um desastre financeiro para a transportadora e mostrar a falta de capacidade para responder ao aumento da procura.