Prémios da Música Portuguesa
17 maio 2024 às 08h10
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Maestro Victorino D'Almeida distinguido nos prémios Play

A festa dos prémios Play homenageou o maestro português com o prémio Carreira. O músico Slow J foi o mais premiado da 6ª edição dos prémios da música portuguesa.

O maestro António Victorino D'Almeida foi distinguido com o prémio Carreira pelos prémios Play, "pelos mais de 70 anos dedicados à composição e à divulgação da música clássica". O maestro e compositor, a dias de fazer 84 anos, presenteou a plateia com uma improvisação ao piano do tema As Brumas do Futuro, da banda sonora do filme Capitães de Abril, de sua autoria.

António Victorino D'Almeida mostrou-se honrado em especial  por este lhe ser entregue na "grande casa" de Cultura que é o Coliseu dos Recreios.

Por sua vez, o músico Slow J foi o mais premiado na 6.ª edição dos Play -- Prémios da Música Portuguesa, arrecadando o galardão de Melhor Artista Masculino e o Prémio da Crítica, com o álbum Afro Fado.

Os vencedores dos Play foram anunciados na noite de quinta-feira, numa cerimónia no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e que teve transmissão em direto na RTP.

Slow J, que já tinha vencido o Prémio de Melhor Artista Masculino na 2.ª edição dos Play em 2020, estava ainda nomeado na categoria de Canção do Ano - a única cujo vencedor é escolhido pelo público - que foi Maria Joana, tema que junta Nuno Ribeiro, Mariza e os Calema.

De acordo com a organização dos prémios, nesta edição a participação do público - que votou através das redes sociais e da app My Vodafone - bateu recordes, com 39 709 votos, um aumento de quase 50% em relação ao ano passado.

Os Calema, que estão a fazer uma digressão internacional, foram ainda distinguidos, pelo segundo ano consecutivo, com o Play de Melhor Grupo.

Nesta edição, o Play de Melhor Artista Feminina foi para Bárbara Bandeira. A cantora não esteve presente na cerimónia, porque está a preparar um novo trabalho, e enviou o pai, o cantor Rui Bandeira, em sua representação.

Além de Slow J, que não esteve presente na cerimónia e não teve ninguém a representá-lo, outros artistas de 'hip-hop' foram distinguidos nesta edição. T-Rex venceu na categoria de Melhor Álbum, com Cor d'água, e LEO2745 na de Artista Revelação.

O prémio Play de Melhor Álbum de Fado foi para Terra que vale o céu, de Ricardo Ribeiro, o de Melhor Álbum de Jazz para Chromosome, de Mário Costa, e o de Melhor Álbum de Música Clássica/Erudita para Lamentos, de António Pinho Vargas, que referiu que "esta música é minoritária mas existe".

Este ano foi atribuído pela primeira vez o Prémio Música Ligeira e Popular, que foi para os Sons do Minho, com Recomeçar.

Dois dos oito músicos do grupo subiram a palco para receber o prémio e lembraram que a música ligeira e popular é um dos géneros musicais "que mais pontua os eventos de Norte a Sul do país, na diáspora e nos quatro cantos do mundo".

"A música popular e ligeira tem lugar em todo o lado. Chega de preconceito e viva a música portuguesa", disseram.

O Prémio de Melhor Videoclipe foi para Estrada, de Pedro Mafama, realizado por André Caniços, que em 2022 tinha visto o seu trabalho distinguido na mesma categoria com Andorinhas, de Ana Moura.

Já o Prémio Lusofonia foi atribuído ao brasileiro Dennis, com Tá OK, tema em que participa MC Kevin O Chris.

O Prémio da Crítica, cujo vencedor é escolhido por um painel de jornalistas da área da cultura-  e do qual o DN fez parte -  foi para Slow J, pelo álbum Afro Fado.

Durante a cerimónia atuaram vários músicos. Jüra, que editou na quinta-feira o álbum de estreia, Sortaminha, abriu a cerimónia com um medley de três dos seus temas -- Coração, Milagre e Avidadá.

Ao longo da noite atuaram também Camané e Ricardo Ribeiro, com João Paulo Esteves da Silva e Mário Laginha, DAMA com Buba Espinho, acompanhados pelos Bandidos do Cante e Mike11, Murta e Diana Lima, SYRO e Bispo, Pedro Abrunhosa e Diogo Piçarra, Pedro Mafama com o Grupo Coral Paz & Unidade de Alcáçovas e La Família Gitana.

Atuação da cantora Jura durante a entrega dos prémios Play.
Paulo Alexandrino/Global Imagens

Os PLAY, criados em 2019, são promovidos pela Audiogest, que gere e representa os direitos das editoras multinacionais, nacionais e independentes, e pela GDA, entidade que gere os direitos dos artistas, intérpretes e executantes, em parceria com a RTP e a Vodafone.