Festival
23 junho 2024 às 21h00
Leitura: 3 min

Ne-yo leva nostalgia e romantismo no Palco Mundo do Rock in Rio

O cantor classificou as suas músicas como "clássicas", mas também outras como "clássicas das clássicas". Foram estas que principalmente levaram o público ao rubro.

O Palco Mundo deste último dia de Rock in Rio Lisboa teve nostalgia. Foi como ter ligado a televisão num canal de vídeoclipes dos anos 2000. A música foi Closer, na voz de Ne-Yo, cantor americano de 44 anos que fez a sua estreia no festival em Lisboa. A apresentação começou com um fôlego só, com os hits Because of You, Nobody, Champagne e Sexy Love.

Os fãs, sob o sol e temperaturas elevadas, acompanharam a sessão nostálgica, a cantar sem parar um sucesso atrás do outro. A performance do artista, com o seu tradicional chapéu, foi acompanhada de uma afinada banda e quatro bailarinas. Ne-yo mantém a habilidade de cantar e acompanhar a coreografia das dançarinas. 

Ne-Yo e as bailarinas. Gerardo Santos / Global Imagens

Ne-yo diz que define os seus shows em dois momentos: as músicas clássicas e as clássicas das clássicas. Qual a diferença? O cantor mostrou na prática, ao começar os primeiros versos de So Sick, uma das canções de maior sucesso na carreira do norte-americano. Durante a apresentação, evocou a nostalgia diversas vezes. Por exemplo, disse que muitas das suas canções embalaram o primeiro beijo de muitos fãs, que, pelos gritos e palmas, atestaram o que foi dito. "Vocês conhecem essa?", questionava antes de começar mais "clássicos dos clássicos", como Miss Independent

Na segunda parte do concerto, saíram as bailarinas e os playbacks, ficando apenas o artista no centro do palco e um momento ainda mais romântico do que a primeira parte, com You should let me love you e Knock you Down. Depois, Ne-yo desceu e foi até o limite da grande e apanhou a mão de algumas fãs - ao menos uma das mãos, já que ao menos uma estava a filmar o artista de perto. 

A seguir, o nostalgia foi ainda maior, com trechos de músicas clássicas escritas pelo compositor em parceria com grandes artistas da cena pop: Irreplaceable ft. Beoyncé e Take a Bow ft Rihanna. Enquanto isso, o grande ecrã mostrava os videosclipes das canções dentro de televisões antigas, exatamente como se assistia no início dos anos 2000.

O concerto manteve-se nesta tónica até o fim, com destaque para sucessos mais atuais, destaque para Play Hard e Time of Our Lives, canção em parceria com Pit Bull. A viagem do túnel do tempo encerrou com Give me Everything e aplausos do público, que comprovou ter excelente memória quando trata-se de boa música.

Gerardo Santos / Global Imagens