O Observatório da Saúde Psicológica e do Bem-Estar (OSPBE), criado pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), através da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), divulgou esta segunda-feira um estudo de monitorização de indicadores de saúde psicológica e bem-estar nas escolas portuguesas (o último datava de 2022). E há boas notícias.
Segundo o documento, registou-se uma redução na percentagem de alunos com vulnerabilidades psicológicas: de 1/3 (2022) para 1/4 (2024). Comparativamente com 2022, mantém-se o padrão de maior vulnerabilidade em alunos mais velhos e no género feminino, mas com indícios de atenuação, especialmente no 12.º ano.
Os alunos mais jovens (5.º ano) apresentam melhores resultados em competências socioemocionais e, também, uma maior satisfação com a vida.
No que se refere aos sintomas psicológicos, 30,2% dos alunos relatam irritação ou mau humor; 32,2%, nervosismo; 27,3%, dificuldades para dormir; e 21,2%, tristeza. São as meninas e alunos mais velhos que apresentam maior prevalência desses sintomas. O estudo do OSPBE revela ainda que, para a maioria dos alunos, a pandemia já não tem impacto significativo na sua vida atual.
A investigação centrou-se também no estilo de vida dos estudantes, revelando que um elevado número de alunos pratica atividade física (94,5%), sendo os alunos do 12.º ano e as meninas os grupos com menos atividade.
O uso de ecrãs continua a ocupar grande parte do dia a dia dos estudantes. Mais de 50% passam 4 ou mais horas diárias em frente a ecrãs, especialmente os alunos mais velhos. São também os mais velhos os que dormem menos. Contudo, mais de 50% dorme 8 ou mais horas por noite.
Na escala de Qualidade de Vida verifica-se que mais de metade dos alunos relata sentir-se alegre e bem-disposto (83,2%), calmo e tranquilo (73,8%) e ativo e energético (73,9%), acorda fresco e repousado (55,3%) e preenche o seu dia com coisas que lhe interessam (72,3%).