Relatório patrocinado pela ONU
20 março 2024 às 08h09
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Finlândia considerada o país mais feliz do mundo pelo sétimo ano consecutivo

Portugal aparece apenas na 56.ª posição, bastante abaixo até da vizinha Espanha (32.º). Os países nórdicos ocupam os primeiros lugares, com Dinamarca, Islândia e Suécia a aparecer imediatamente abaixo da Finlândia.

A Finlândia foi considerada o país mais feliz do mundo pela sétima vez consecutiva, segundo um relatório patrocinado pela ONU divulgado nesta quarta-feira.

Os países nórdicos ocupam os primeiros lugares, com Dinamarca, Islândia e Suécia a aparecer imediatamente abaixo da Finlândia.

No último lugar da lista de 143 países aparece o Afeganistão, afetado por uma catástrofe humanitária após o regresso dos talibãs ao poder, em 2020.

Pela primeira vez em mais de 10 anos, Estados Unidos e Alemanha não aparecem entre os 20 países mais felizes, e ocupam as posições 23 e 24. Já Costa Rica e Kuwait entraram no top 20 e ocupam as posições 12 e 13.

Já Portugal aparece apenas na 56.ª posição, bastante abaixo até da vizinha Espanha (32.º).

Nenhum dos países mais populosos do mundo aparece entre os 20 primeiros. "Entre os dez primeiros, apenas Países Baixos e Austrália têm mais de 15 milhões de habitantes. Entre os 20 primeiros, apenas o Canadá e o Reino Unido têm mais de 30 milhões de habitantes", destaca o relatório.

Os maiores retrocessos no índice de felicidade desde o período 2006-2010 foram os de Afeganistão, Líbano e Jordânia, enquanto Sérvia, Bulgária e Letónia registaram fortes avanços.

O relatório mundial é uma medição da felicidade divulgada anualmente pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU desde 2012, e baseia-se na avaliação que as pessoas fazem da própria felicidade e em dados económicos e sociais.

O documento tem em conta seis fatores-chave: apoio social, rendimentos, saúde, liberdade, generosidade e ausência de corrupção.

A proximidade com a natureza e um bom equilíbrio entre o trabalho e a vida privada são a chave para a satisfação dos finlandeses, disse à AFP Jennifer De Paola, investigadora da Universidade de Helsinque especializada nessa temática.

Os finlandeses talvez tenham "uma compreensão mais acessível do que é uma vida bem-sucedida", em comparação, por exemplo, com os Estados Unidos, onde o sucesso está mais relacionado com os ganhos financeiros, apontou Jennifer.

A confiança nas instituições, a pouca corrupção e o acesso gratuito à saúde e educação também são primordiais.

O relatório também destaca um sentimento de felicidade mais forte entre as novas gerações do que entre as pessoas mais velhas, na maioria das regiões.

O índice, no entanto, retrocedeu drasticamente desde 2006-2010 entre os menores de 30 anos na América do Norte, Austrália e Nova Zelândia, e é inferior ao das pessoas mais velhas nessas regiões. No entanto, progrediu em todas as faixas etárias no Leste Europeu no mesmo período.

A desigualdade na felicidade aumentou em todas as regiões, exceto na Europa, o que os autores consideraram preocupante.