EUA
15 setembro 2024 às 22h06
Atualizado em 16 setembro 2024 às 07h13
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FBI investiga aparente "tentativa de assassínio" de Trump. Suspeito foi detido

O tiroteio ocorreu no Trump International Golf Club, em West Palm Beach. O detido é um homem de 58 anos chamado Ryan Wesley Routh.

Um tiroteio ocorreu este domingo no campo de golfe na Florida onde o ex-presidente e candidato à Casa Branca, Donald Trump, jogava, mas este foi de imediato colocado em segurança.

Os agentes dos serviços secretos dispararam sobre o homem e este fugiu de uns arbustos onde estava escondido para o veículo em que tentou fugir, uma carrinha preta cuja matrícula foi fotografada por uma testemunha. O indivíduo acabou por ser detido alguns minutos depois na estrada.

A polícia de investigação dos Estados Unidos, o FBI, confirmou que o que aconteceu no Trump International Golf Club, em West Palm Beach, está a ser investigado como uma aparente "tentativa de assassínio" e que o detido é um homem de 58 anos chamado Ryan Wesley Routh, que já viveu nos estados da Carolina do Norte (sudeste) e do Havai, segundo os meios de comunicação social locais.

Foi encontrada uma metralhadora AK-47 com mira telescópica, com a qual supostamente pretendia atacar o candidato presidencial republicano. E segundo o xerife do condado de Palm Beach, Ric Bradshaw, o indivíduo transportava também duas mochilas e uma câmara desportiva GoPro.

O suspeito é Ryan Wesley Routh, de 58 anos.

O ocorrido foi inicialmente reportado pela própria campanha presidencial republicana e pelos media  americanos. “O presidente Trump está em segurança após disparos na sua proximidade. Não há mais detalhes neste momento”, afirmou, inicialmente, o porta-voz da campanha do ex-presidente, Steven Cheung, num comunicado no qual não foram adiantados mais pormenores.

Trump estava a jogar golfe no seu campo em West Palm Beach, na Florida, não muito longe da sua residência em Mar-a-Lago, num dia em que não teve compromissos relacionados com a campanha eleitoral, segundo vários relatos dos meios de comunicação social norte-americanos.

O tiroteio ocorreu no campo de golfe e uma “pessoa de interesse” foi detida juntamente com uma arma, noticiou, anteriormente, o The New York Times, citando as autoridades locais.

Trump estava acompanhado na altura pela sua equipa de proteção do Serviço Secreto - como é prática corrente - quando os tiros foram disparados.

Uma arma, alegadamente uma espingarda do tipo AK-47, foi recuperada, segundo relatos.

Segundo o Washington Post, é o facto de aparentemente não existirem mais pessoas envolvidas no incidente que levam a que o FBI abra a hipótese de tentativa de assassinato. 

Donald Trump disse que a "sua determinação [de voltar à Casa Branca] é ainda mais forte depois de outra tentativa de assassínio".

Num comunicado, o candidato frisou que nunca desistirá e incentivou os seus apoiantes a votarem nele nas eleições presidenciais de 5 de novembro

O incidente ocorre num contexto de maior preocupação com a segurança de ambos os candidatos – apenas dois meses depois de o ex-presidente ter sido ferido na orelha quando um homem armado abriu fogo durante um comício na Pensilvânia.

A Casa Branca emitiu rapidamente um comunicado dizendo que tanto o presidente Joe Biden como a vice-presidente Kamala Harris, rival democrata de Trump nas eleições de novembro, foram informados sobre o caso.

“Estão aliviados por saber que ele está seguro”, refere o comunicado.

O Serviço Secreto dos EUA, encarregado de proteger presidentes, ex-presidentes e outros dignitários, enfrentou críticas após o incidente na Pensilvânia.

Kimberly Cheatle, chefe da agência, demitiu-se a meio do escrutínio que se seguiu, e pelo menos cinco agentes dos Serviços Secretos foram colocados em licença administrativa.

Cheatle reconheceu na sua carta de demissão que a agência “não cumpriu” a sua missão de proteger os líderes do país.

Com Lusa