Chama-se ‘Ser professor” e foi lançada esta terça-feira pelo Ministério da Educação (ME). Trata-se de uma campanha que tem como objetivos atrair mais pessoas para a profissão docente, sensibilizar para a importância e vantagens da profissão e motivar outros profissionais.
No site da Direção Geral de Educação (DGAE), o ME explica aos interessados que “O Ministério da Educação, Ciência e Inovação lançou o Plano + Aulas + Sucesso ( Plano +A+S ) para prevenir que os alunos fiquem sem aulas ao longo do ano letivo 2024/20252”. “Algumas medidas são aplicadas já no próximo ano letivo, com foco particular nas escolas sinalizadas (em escolas de diversas zonas do país, com maior incidência na Área Metropolitana de Lisboa, Alentejo e Algarve), onde os alunos são mais prejudicados com a falta de aulas”, pode ler-se. E para ajudar aqueles que possam querer, pela primeira vez, dar aulas, a campanha esclarece quem o pode fazer e como o fazer, com um “Guião da profissão docente”.
Das 15 medidas anunciadas pelo ME em junho, o site da campanha (aqui) destaca quatro e associa-as a frases de incentivo: “Ser Professor é Escolher o Futuro” (atribuição de bolsas para alunos que ingressem em licenciaturas e mestrados em Ciências da Educação / Ensino); “Ser Professor é um Novo Percurso” (recrutamento de bolseiros de doutoramento, atrair mestres, investigadores e doutorados para o exercício de funções docentes); “Ser Professor é Continuar Jovem” (incentivar o prolongamento da vida ativa dos professores) e “Ser Professor é Voltar à Escola” (viabilizar a contratação de docentes aposentados com remuneração extra). Além disso, é possível aceder à explicação das 15 medidas do plano “+ Aulas + Sucesso”, bem como à legislação em vigor.
Recorde-se que, aquando da apresentação do plano “+ Aulas + Sucesso”, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, classificou o elevado número de alunos sem aulas este ano letivo como “um verdadeiro drama nacional”.
Em setembro de 2023 havia mais de 324 mil alunos sem aulas a pelo menos uma disciplina, um número que foi reduzindo ao longo do ano letivo, mas que afetava ainda cerca de 22 mil alunos no final do mês de maio. Segundo o ministro, quase mil alunos não tiveram professores a pelo menos uma disciplina desde o início do ano letivo 2023/2024. Uma situação que o ME não quer ver no próximo ano letivo. O titular da pasta da Educação pretende reduzir em 90% o número de alunos sem aulas até dezembro.