Depois de um a notícia avançada pelo JN na sua edição de Sábado, em que era referido que o INEM tinha prolongado o ajuste direto com a Avincis, o Ministério da Saúde, em nota enviada à Lusa, veio dizer que "desde o dia 2 de abril até hoje, o INEM não abriu qualquer concurso público internacional para a aquisição do serviço, situação que a tutela afirma não compreender os motivos, uma vez que terá questionado o organismo por diversas vezes, mas o INEM "nunca apresentou uma solução".
A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica entende que "o país não pode confiar" numa direção "com tantas falhas e trapalhadas no decorrer de quase uma década" e defende que a gestão de Luís Meira seja "devidamente escrutinada", sobretudo a resposta dada em termos de emergência médica.
No passado mês de abril, o INEM chegou a anunciar que ia lançar um novo concurso público para o serviço de helicópteros de emergência médica, depois de o concurso lançado em janeiro ter recebido duas propostas com valores superiores ao preço base.
No esclarecimento da tutela, o Ministério da Saúde diz que desde que o Governo tomou posse teve várias reuniões com o INEM sobre as necessidades deste instituto, acrescentando que aprovou "o aumento de remuneração aos bombeiros ao serviço da Emergência Médica e a alteração orçamental necessária para fazer face a essa despesa, com um impacto orçamental de 6,6 milhões de euros por ano".
Luís Meira logo no domingo veio discordar das críticas feitas pelo ministério, referindo ter pedido várias vezes à tutela uma nova resolução ministerial para poder avançar com o concurso internacional - já que o primeiro lançado em janeiro foi inviabilizado por terem aparecido apenas duas empresas e com preços mais elevados do que a base oferecida pelo INEM - e que nunca recebeu resposta.
Luís Meira estava no cargo desde 2016 e tendo sido nomeado pelo primeiro governo de António Costa.