Lewis Hamilton muda-se da Mercedes para a Ferrari a partir da época de 2025.
O anúncio surgiu esta tarde na conta oficial do Twitter da escuderia italiana, onde se anuncia "um contrato multi-anual".
Britânico sete vezes campeão mundial troca a Mercedes pela escuderia italiana em 2025, quando tiver 40 anos. Irá a tempo de conseguir bater o recorde de Schumacher?
Lewis Hamilton muda-se da Mercedes para a Ferrari a partir da época de 2025.
O anúncio surgiu esta tarde na conta oficial do Twitter da escuderia italiana, onde se anuncia "um contrato multi-anual".
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Simultaneamente, a Mercedes-Benz anunciou, em comunicado, a transferência: "A equipa Mercedes-AMG PETRONAS F1 e Lewis Hamilton separar-se-ão no final da temporada de 2024. Lewis ativou uma opção de libertação no contrato anunciado no ano passado»
É a maior transferência da Fórmula 1 da última década e uma das mais sonantes de sempre. O sete vezes campeão mundial Lewis Hamilton, 39 anos, está a caminho da Ferrari num acordo válido a partir de 2025 e que implica a saída do espanhol Carlos Sainz da escuderia italiana.
A notícia rebentara da parte da manhã como uma bomba. Vários órgãos de comunicação social avançaram ontem com a notícia, com a BBC e a Sky Sports a garantirem, depois de consultadas várias fontes, que o acordo ia mesmo ser uma realidade. A cadeia de televisão inglesa garantiu mesmo que Toto Wolff e James Allison, diretores da Mercedes, foram informados durante uma reunião mantida ontem. E a Ferrari também comunicou a decisão a alguns elementos da equipa.
Hamilton assinou um contrato com a Mercedes válido por dois anos no verão passado. Mas o acordo continha uma cláusula que o permitia sair no final deste ano. Foi este ponto que levou John Elkann, presidente da Ferrari, a apostar no britânico numa altura em que decorriam negociações para ampliar o vínculo de Carlos Sainz, que expira no final do ano.
Lewis Hamilton, heptacampeão de F1 (2008, 2014, 2015, 2017, 2018, 2019 e 2020), está na Mercedes desde 2013 (antes tinha corrido pela McLaren). Mas nos últimos dois anos, a escuderia alemã nunca mostrou argumentos para se bater com a Red Bull (a última prova ganha pelo inglês foi em dezembro de 2021). Hamilton será o primeiro britânico a conduzir um Ferrari desde Eddie Irvine em 1999. E terá 40 anos quando se sentar ao volante para competir pela marca do cavalinho rampante.
Este namoro é bastante antigo. Na última década, a Ferrari sondou várias vezes o heptacampeão mundial, mas nunca teve sucesso. Isto apesar de Hamilton ter revelado, numa entrevista em 2021, que seria um sonho e um grande desafio poder correr pela escuderia italiana. Refira-se que o último piloto a ser campeão pela Ferrari foi Kimi Räikkönen, em 2007.
Já em relação a Carlos Sainz, o futuro do espanhol na próxima temporada está por definir, mas é certo que vai continuar na fórmula 1. E até pode dar-se o caso de fazer o caminho inverso de Hamilton e assinar pela Mercedes. Mas Audi e Sauber também são possibilidades - mais a primeira.
De acordo com algumas fontes, a relação entre Hamilton e a Mercedes estava bastante desgastada, sobretudo nos dois últimos anos, sem títulos e sem vitórias em corridas. E por isso o britânico não terá hesitado quando foi contactado pela escuderia italiana, entusiasmado com o facto de na Ferrari, e numa altura em que terá 40 anos, poder voltar a ter um carro competitivo que lhe permita encerrar a carreira como o piloto com mais títulos conquistados - atualmente partilha sete com Michael Schumacher.
Esta será a maior transferência na fórmula 1 da última década, ou melhor, desde 2015, quando Sebastian Vettel trocou a Red Bull precisamente pela Ferrari. Dois anos antes, em 2013, Hamilton também tinha protagonizado uma mudança que deu que falar, passando da McLaren para a Mercedes.
Mas houve mais "contratações" sonantes, e que envolveram três dos maiores pilotos de sempre da modalidade. Duas foram protagonizadas pelo também heptacampeão Michael Schumacher - em 1996 quando se mudou da Benetton para a Ferrari, e em 2010 quando trocou a marca do cavalinho rampante pela Mercedes.
Bem antes, em 1990, Alain Prost também foi protagonista de uma transferência histórica, quando anunciou que ia assinar pela Ferrari e deixar a McLaren.
Também Ayrton Senna esteve na berlinda em 1994, quando foi anunciado como piloto da Williams, abandonando a McLaren. Esta contratação surgiu meses depois de Alain Prost anunciar a sua retirada, ele que no contrato com a Williams tinha alinhavado que nunca teria Senna como seu colega de equipa.
Não se tratou de uma transferência, mas um dos anúncios mais chocantes da F1 aconteceu em 2016, quando Nico Rosberg anunciou a sua retirada da modalidade poucos dias depois de se ter sagrado campeão do mundo.
Ao volante de um Ferrari, além de cumprir um sonho antigo, vai também satisfazer um desejo do pai, que sempre o quis ver a representar a marca italiana.
Com RSF