O músico de rap norte-americano Sean Combs, conhecido como "Diddy", foi acusado num tribunal federal de Nova Iorque, no nordeste dos EUA, tendo sido detido.
"Estamos desapontados com a decisão de avançar com o que acreditamos ser um processo injusto (...) por parte do Ministério Público dos EUA", disse Marc Agnifilo, num comunicado.
O advogado disse que Combs estava em Nova Iorque desde a semana passada, após saber que poderia ser acusado.
O artista de 55 anos "é uma pessoa imperfeita, mas não é um criminoso", disse Agnifilo.
O procurador dos EUA em Manhattan, Damian Williams, disse em comunicado que os agentes federais detiveram Combs.
"Esperamos avançar para revelar a acusação de manhã [tarde em Lisboa] e teremos mais a dizer nessa altura", acrescentou.
Combs foi detido no átrio de um hotel em Manhattan e está sob custódia federal, disse à agência de notícias Associated Press (AP) uma pessoa com conhecimento da detenção, que pediu para não ser identificada.
Em março, duas propriedades de 'Diddy' foram alvo de buscas em Los Angeles e Miami, no âmbito de uma investigação sobre tráfico sexual, revelaram dois agentes policiais à AP.
As buscas foram realizadas por agentes federais do gabinete de Investigações e Segurança Interna como parte de uma investigação das autoridades federais de Nova Iorque.
Em comunicado, o gabinete de Investigações e Segurança Interna (HSI, na sigla em inglês) disse apenas que "executou ações de aplicação da lei como parte de uma investigação em curso, com o apoio do HSI Los Angeles, HSI Miami e outros parceiros locais de aplicação da lei".
Nos últimos meses, vários processos foram abertos contra o artista por alegadas agressões sexuais.
Em novembro, foi alvo de uma denúncia de violação e violência física durante anos pela cantora de R&B Casandra Venura, cujo nome artístico é Cassie.
De acordo com um documento da justiça federal de Manhattan, Combs "frequentemente deu murros, pontapés e pisões a Ventura com resultados de hematomas, lábios rebentados, olhos roxos e sangramento".
A denúncia alegou que 'Diddy' sujeitou a cantora a espancamentos selvagens, a encheu de drogas e a forçou a fazer sexo com outros homens enquanto ele se masturbava e os filmava.
O documento acusou ainda Combs de forçar a entrada na casa de Ventura e a ter violado, quando o relacionamento estava a terminar, em 2018.
'Diddy' reagiu às acusações, em comunicado, garantindo que não fez "nenhuma das coisas horríveis que estão a ser alegadas".
Anteriormente conhecido como Puff Daddy, Combs é um dos produtores e artistas de hip-hop mais influentes das últimas três décadas e construiu um dos maiores impérios ligado a este género musical com diversas entidades ligadas ao seu nome.
É fundador da editoria de música Bad Boy Records e vencedor de três Grammy.