Rock in Rio Lisboa 2024
16 junho 2024 às 22h41
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Calum Scott: “Esta é uma das atuações mais emotivas que já fiz”

No segundo dia do Rock in Rio Lisboa, com o recinto do Parque Tejo mais uma vez esgotado, o britânico Calum Scott partilhou as suas músicas sentimentais com o público português.

As emoções estiveram à flor da pele no concerto do Calum Scott. O cantor e compositor britânico que com as suas letras e músicas faz as pessoas chorar (a sua imagem de marca) emocionou-se perante as quase 80 mil pessoas que viram e ouviram a sua atuação e assumiu que esta foi uma das atuações “mais emotivas” já fez.

O cantor, de 36 anos, ficou conhecido com a sua participação, em 2015, no concurso televisivo Britain's Got Talent e ficou globalmente conhecido depois de ter lançado o single Dancing on My Own, uma versão do original da cantora sueca Robyn.

Scott, que é considerado uma das jovens estrelas do pop britânico, já atuou várias vezes em Portugal – a últimas das quais em dezembro do ano passado, em Braga, no festival Authentica -, regressou este domingo para tocar no palco principal do Rock in Rio Lisboa.

Calum Scott editou dois álbuns, Only Human em 2018 e Bridges em 2022, e tal como contou ao DN na última vez que esteve em Portugal está a ultimar o seu terceiro trabalho de originais. Na mesma entrevista ao DN, confessou que apesar da sua música estar a tornar-se mais alegre (sobretudo no próximo trabalho), “ainda vai fazer “as pessoas chorarem e sentirem. Sempre foi esse o meu sonho”.

No início da noite no Parque Tejo foi o que aconteceu. Com milhares de fãs a emocionarem-se com as suas canções, o concerto começou com a música Lighthouse seguida da Rhythm Inside. O cantor agradeceu a presença do público explicando que não era fácil estar perante aquele mar de gente.

Com o som do palco principal do festival a estar notoriamente melhor do que no dia anterior, Calum, acompanhado pela sua banda, tocou Rise e agradeceu a presença de tanta gente, em português.

Calum Scott
Álvaro Isidoro / Global Imagens

Um pequeno solo de piano introduziu o tema Biblical. Depois, falou mais um pouco com a audiência e explicou a razão das suas músicas serem “obrigatoriamente” emotivas e “fazerem chorar” justificando serem musicas que ajudam as pessoas “a serem elas próprias”.

A passagem constante de pessoas a escorregarem de slide mesmo frente ao palco principal onde cantava Calum fez o artista interagir com quem passava à sua frente. Disse mesmo, divertido, enquanto acenava a mais um espetador que “escorregava”, que nunca tinha estado a cantar num concerto com um slide a passar mesmo à sua frente.

Entre as várias músicas que se seguiram, não muito diferente dos alinhamentos dos concertos mais recentes, apresentou Boys in the Street, uma canção sobre a relação entre um filho, gay, e um pai, - um original do músico Greg Holden. E de seguida explicou o sentido da letra de Flaws: uma letra sobre a beleza interior “numa sociedade que só mostra a perfeição nas redes sociais”.

80 mil pessoas, segundo a organização, marcaram presença no segundo dia do Rock in Rio Lisboa 2024
Leonardo Negrão / Global Imagens

Segui-se uma pausa nas músicas calmas e emocionais para a mexida This Love, um original dos Maroon 5. Calum Scott explicou que ainda antes de ser conhecido e participado no concurso televisivo no Reino Unido, tinha uma banda de tributo aos Maroon 5. Aliás, passados uns minutos deu a conhecer uns breves instantes de Roots, uma nova música que será incluída no seu novo álbum, a lançar em breve, e na qual se notou a clara influência da banda de Adam Levine.

Mesmo antes do fim, foi o próprio Calum Scott que de olhos vidrados disse estar a viver uma das atuações mais emotivas que teve

E antes mesmo de terminar a sua atuação com Dancing On My Own, a sua música mais conhecida, ensaiou em português uma frase de despedida a condizer com a suas músicas: "Amo-vos muito”

O público rendeu-se às músicas emotivas de um músico humilde, simpático e que sabe comunicar. Se Calum Scott apostar em criar mais músicas originais e fizer delas hits como faz com as covers que canta, talvez se torne a “next big thing” da pop britânica.