Quatro pessoas morreram esta quarta-feira num tiroteio que ocorreu numa escola secundária no estado norte-americano da Geórgia. O atirador foi detido, indicaram as autoridades.
O autor dos disparos foi identificado como sendo um estudante de 14 anos que frequentava o estabelecimento de ensino onde ocorreu o tiroteio.
Duas das vítimas mortais "eram estudantes" e duas "eram professores aqui na escola", disse Chris Hosey, diretor do Departamento de Investigação da Geórgia. "O atirador está sob custódia. Ele é um estudante de 14 anos desta escola", acrescentou.
A CNN avançou que o tiroteio fez pelo menos quatro vítimas mortais, uma informação que foi depois confirmada pelas autoridades, que indicaram ainda que nove pessoas tiveram de ser transportadas para unidades hospitalares.
“O que deveria ter sido uma alegre época de regresso às aulas em Winder, na Geórgia, transformou-se agora numa outra horrível lembrança de como a violência armada continua a dilacerar as nossas comunidades”, lamentou o presidente dos EUA.
"Não podemos continuar a aceitar isto como normal”, acrescentou Joe Biden numa declaração.
O chefe de Estado e a primeira-dama, Jill Biden, lamentaram por aqueles cujas vidas foram interrompidas por mais violência "sem sentido".
"Os alunos estão a aprender a abaixar-se e a proteger-se em vez de ler e escrever. (...) Acabar com esta epidemia de violência com armas de fogo é algo pessoal para mim", acrescentou.
Segundo Biden, essa é a razão pela qual assinou a lei bipartidária para comunidades mais seguras e pela qual anunciou dezenas de ações executivas para proteção contra tal violência.
"Fizemos progressos significativos, mas esta crise precisa de ainda mais", sublinhou, observando que "os republicanos no Congresso devem finalmente dizer 'chega' e trabalhar com os democratas para aprovar uma legislação sensata sobre segurança de armas", acrescentou o presidente.
Biden reiterou o seu apelo para proibir as armas de assalto ou acabar com a imunidade dos fabricantes: "Essas medidas não devolverão as vidas àquelas que as perderam tragicamente hoje, mas ajudarão a evitar que novos atos trágicos de violência armada destruam mais famílias", concluiu.
A Apalachee High School, no condado de Barrow, Geórgia, enviou uma mensagem aos pais dizendo que estava “encerrada após relatos de tiroteio”, de acordo com os meios de comunicação social norte-americanos.
“As forças de segurança estão aqui. Por favor, não tentem entrar na escola neste momento enquanto os agentes trabalham para proteger a área”, acrescentou.
O gabinete do xerife local comunicou uma “situação de tiroteio ativo”, segundo o USA Today.
Anteriormente, a CNN, citando o gabinete do xerife local, informou que tinha havido vítimas e que um suspeito tinha sido detido. Pelo menos uma ambulância transportou um paciente do local do tiroteio.
A escola está localizada na cidade de Winder, cerca de 70 quilómetros a nordeste de Atlanta, a capital do estado.
O governador da Geórgia, Brian Kemp, disse no X que as agências estatais estavam a responder ao incidente.
As imagens da televisão local mostraram ambulâncias a atravessar um campo escolar e dezenas de veículos estacionados à volta da escola. Uma multidão de pessoas era visível no campo de futebol.