Executivo
18 abril 2024 às 09h17
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Nova baixa no Governo de Montenegro. Patrícia Cerdeira deixa de ser assessora da ministra da Justiça

Patrícia Cerdeira demitiu-se de assessora da ministra da Justiça devido a publicações nas redes sociais.

Patrícia Cerdeira é a nova baixa do Governo de Luís Montenegro, depois de Patrícia Dantas não ter sequer assumido o cargo para ser adjunta do ministro das Finanças, após ter sido noticiado que era visada num processo judicial por fraude na obtenção de fundos europeus.

Agora foi a assessora da ministra da Justiça, Rita Júdice, que deixou o Executivo da Aliança Democrática. Terá estado menos de oito horas no cargo até se demitir por publicações que fez nas redes sociais. 

De acordo com o Correio da Manhã, a ex-jornalista da RTP, Patrícia Cerdeira, demitiu-se depois de ter sido confrontada pelo diário sobre as publicações que fez há alguns meses nas redes sociais, nas quais criticava o Ministério Público e a PJ e apoiava António Costa, ex-primeiro-ministro.    

Ex-assessora do ministro da Economia no último Executivo de Costa, Patrícia Cerdeira, segundo o jornal, referiu que as vítimas são quase sempre os governantes. "Esqueci-me de dizer uma coisa. Que nunca tenhamos o azar de cair nas mãos do Ministério Público", escreveu em dezembro do ano passado, no dia em que Marcelo dissolveu o Parlamento.

Ao ser confrontada pelo jornal, Patrícia Cerdeira associou as opiniões expressas nas redes sociais à vida pessoal e separou-as da vida profissional. Mas horas depois, confirmou a demissão do cargo de assessora da ministra da Justiça. 

Este caso segue-se a um outro, o de Patrícia Dantas, que tinha sido escolhida pelo ministro de Estado e das Finanças, Miranda Sarmento, para ser sua adjunta. Aos jornais madeirenses tinha confirmado o cargo no Executivo de Montenegro.  "Confirmo a informacão. Começarei na segunda-feira, dia 15, na função de adjunta do Sr. Ministro de Estado e das Financas, Professor Doutor Joaquim Miranda Sarmento", referiu. Mas após a notícia do Correio da Manhã de que estava a ser acusada num processo judicial, a ex-deputada do PSD acabou por não assumir funções. 

A saída, justificada em comunicado, refere que "na sequência de notícias veiculadas pela comunicação social, sobre um processo que teve início em 2017 e que está ainda a decorrer nos locais próprios, sem que sobre o mesmo tenha sido proferida qualquer decisão judicial, Patrícia Dantas, mantendo a presunção da inocência que se impõe e após ponderação, comunicou ao Sr. Ministro de Estado e das Finanças que decidiu não assumir as funções de adjunta do Ministério das Finanças".