A polícia francesa encontrou e identificou os ossos de Emile Soleil, criança que estava desaparecida desde julho de 2023 numa pequena aldeia nos Alpes franceses, num caso que chocou o país, disse um procurador este domingo.
Os pais de Émile, entretanto, já reagiram à descoberta dos restos mortais do menino.
"É tempo de fazer o luto. Marie e Colomban gostariam de agradecer a todos os que os ajudaram e apoiaram, bem como aos juízes de instrução e aos investigadores, pelo seu trabalho, pelo seu profissionalismo, pelo seu empenhamento pessoal e pela sua humanidade, que os confortaram muito nestes últimos meses e, em particular, neste dia", lê-se num comunicado divulgado por Me Triomphe, advogado da família.
Os pais do menino reforçam que "a dor continua", e lançaram um apelo aos jornalistas, no sentido de que "respeitem o seu luto" e evitem contactá-los e comparecer junto à residência do casal.
Emile, de dois anos e meio, estava de férias de verão com os avós quando desapareceu a 8 de julho do ano passado sem deixar rasto. Dois vizinhos viram-no pela última vez no final da tarde a andar sozinho na rua de Le Vernet, a 1.200 metros de altitude.
No sábado, a polícia foi informada da descoberta de ossos perto de Le Vernet. "Os investigadores tomaram posse dos ossos, que foram imediatamente transportadas para o IRCGN [instituto de investigação criminal] para análise de ADN, que permitiu concluir, a 31 de março, que se tratava das ossadas da criança Emile Soleil", afirmaram os procuradores de Aix-en-Provence citados no Le Monde.
Os testes genéticos concluiram este domingo que eram os ossos do menino desaparecido. Não foi apontada qualquer indicação acerca da causa da morte.
Uma busca no local que envolveu dezenas de policiais e soldados, cães farejadores, um helicóptero e drones não conseguiu encontrar o menino em julho.
A mãe e o pai de Emile estavam ausentes no dia do seu desaparecimento da criança.