O secretário-geral do Partido Socialista assestou baterias ao presidente da Câmara de Lisboa durante um discurso no Congresso Federativo da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do seu partido, que decorreu no Centro de Congressos do Estoril.
“Seis meses chegam-nos para avaliarmos um Governo. O que diremos nós de três, quatro anos em Lisboa para nós percebermos o fraco presidente de Câmara que infelizmente a capital do país tem?”, questionou Pedro Nuno Santos em referência a Carlos Moedas. O líder socialista defendeu que “nunca foi a comunicação, a forma como se comunica, o acesso, que fez um bom presidente de câmara”, contrapondo que é preciso “homens e mulheres de concretização, capazes de fazer, de mostrar obra”.
Pedro Nuno Santos salientou que, em Lisboa, os socialistas sabem isso porque, recentemente, lideraram a autarquia, pedindo que se compare, por exemplo, a situação atual a nível de higiene urbana com a que existia durante o mandato de Fernando Medina. Vejam “a diferença numa capital que devia ser um exemplo de higiene e é uma vergonha para todos nós, para os lisboetas em particular. Eu tenho dificuldade em compreender o autoconvencimento do presidente da Câmara Municipal de Lisboa porque ele, se sair à rua, não pode estar orgulhoso do seu trabalho”, afirmou.
O secretário-geral do PS considerou que Lisboa é “uma cidade com problemas graves de higiene urbana, uma cidade intransitável”, e acrescentou que Moedas “não conseguiu deixar uma marca, não tem uma visão nem um futuro para a cidade”.
“E o que tem para apresentar? Tem para apresentar algumas coisas, tem. Não foi foram lançadas por ele. Todas as casas, todas, que foram entregues na cidade de Lisboa, nenhuma é da sua responsabilidade. É do PS, é de António Costa, é de Fernando Medina”, afirmou.
“As autárquicas são o momento alto da nossa democracia, da democracia local. O PS é a principal força política autárquica do país e, daqui a um ano, nós queremos continuar a ser a primeira força política autárquica do país”, disse o líder da oposição.
O presidente da FAUL, Ricardo Leão, afirmou que o “primeiro grande objetivo” da federação é “vencer as eleições autárquicas de 2025, mantendo a maioria dos municípios” da Área Metropolitana de Lisboa (AML). “O PS já governa sete dos 11 concelhos da AML, e é nossa ambição reforçar esta posição, consolidando a confiança que os cidadãos depositaram em nós”, disse o presidente da autarquia de Loures.