Uma técnica de estrangulamento (shime waza) 'apagou' esta sexta-feira a participação da portuguesa de Rochele Nunes nos Jogos Olímpicos Paris2024, com a judoca peso pesado (+78 kg) a perder com a bósnia Larisa Ceric.
"Não estava à espera, acabei 'apagando', porque estava encaixado", justificou, já na zona mista, uma emocionada Rochele Nunes, após um ano extremamente difícil, com a súbita morte do irmão mais novo no final de 2023, que não esqueceu esta sexta-feira de lembrar.
No tatami da Arena Champ-de-Mars, a judoca, oitava cabeça de série, partiu para o segundo combate com melhor desempenho frente à oponente (cinco vitórias e três derrotas), mas o equilíbrio foi notório até meio do combate.
Rochele e Ceric (16.ª pré-designada) ainda chegaram a ser castigadas por passividade, com 1.20 minutos, mas foi perto do meio do combate, numa primeira tentativa de pega da portuguesa, que a bósnia levou o combate para o chão.
O cenário ideal para surpreender e encaixar a portuguesa num 'shime waza', sob o olhar atento do árbitro, a não deixar passar mais de três segundos perante o 'apagar' de Rochele, levantando a mão em sinal de ippon para a bósnia.
A derrota da lusa implicou a sua saída de competição, por acontecer ainda nos oitavos de final. Apenas a entrada nos 'quartos' permite aos judocas seguirem uma de duas vias: se perderem caem na repescagem, se vencerem estão nas meias.
Na estreia, Rochele Nunes conseguiu o mesmo de Catarina Costa (-48 kg) no primeiro dia, vencer um combate.
Um duelo em que a peso pesado lusa bateu a tunisina Sarra Mzougui, com a arbitragem a atribuir-lhe um terceiro shido (castigo) o que dita a desclassificação (hansoku make).