O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se na sexta-feira, a pedido da Argélia, para analisar as explosões ocorridas em dispositivos de comunicação usados por membros do Hezbollah no Líbano e na Síria. Depois de na véspera cerca de 3 mil pagers terem explodido, causando a morte de pelo menos 12 pessoas e ferimentos em 2800, ontem um número indeterminado de walkie-talkies, telemóveis e computadores portáteis rebentaram, fazendo 20 mortos e 450 feridos. Os atentados sucessivos acontecem numa altura em que o ministro da Defesa de Israel declarou que o “centro de gravidade” da guerra com o Hamas vai deslocar-se da Faixa de Gaza para o norte do seu país, onde o exército tem mantido trocas de tiro diárias com o Hezbollah.
Uma segunda onda de explosões em aparelhos de comunicação - mas não só, foram reportadas explosões em painéis solares - de membros do movimento xiita Hezbollah ocorreu em Beirute, onde decorriam os funerais de oito membros do Hezbollah, mas também noutras regiões libanesas, caso de Beca, onde se deram três mortes. Os ataques foram condenados pelo secretário-geral das Nações Unidas. “Penso que é muito importante que não se utilizem objetos civis como armas, essa deve ser uma regra que os governos devem ser capazes de aplicar”, disse António Guterres.