Roger Schmidt assumiu este sábado que vê um maior "equilíbrio" no plantel do Benfica que tem à sua disposição, comparativamente ao que teve na temporada passada. "Na época passada tivemos alguns problemas com essa falta de equilíbrio. Houve dificuldades com os laterais, mas agora temos Bah e Beste, e isso vai dar-nos uma maior solidez em campo", assumiu o treinador alemão na véspera do primeiro jogo oficial da época, este domingo à tarde (18.00 horas, SportTV) em Famalicão, a contar para a 1.ª jornada da I Liga.
O treinador dos encarnados referiu ainda que "os objetivos estão mais nítidos", realçando ainda a contratação de Leandro Barreiro para o meio-campo, mas também "outros jovens que se juntaram ao plantel". "Vejo uma energia positiva, qualidade nos treinos e um compromisso forte por parte dos jogadores", sublinhou, garantindo que o objetivo é "jogar futebol ofensivo com intensidade elevada". E nesse sentido espera ver no arranque do campeonato "tudo o que foi desenvolvido na pré-época".
A iniciar a terceira época como treinador do Benfica, Roger Schmidt não escondeu a satisfação pela permanência de Ángel Di María e o regresso de Renato Sanches, mas fez questão de lamentar a saída de João Neves. "Infelizmente o João saiu. Gostamos muito dele como jogador e como pessoa, mas o futebol é assim. Sabíamos que, muito provavelmente, teríamos que fazer uma transferência importante, esperámos pelo mercado e depois o João decidiu sair. Vamos ter saudades, mas faz parte do futebol", disse, sublinhando que "as boas notícias são que o António continua".
Já sobre Renato Sanches, Schmidt admitiu conhecer "o seu passado" no que diz respeito a lesões, mas deixou a certeza de que as suas primeiras impressões "foram muito boas". "Gosto da atitude, pois é uma pessoa que trabalha arduamente", sublinhou, adiantando que há a necessidade de "o preparar fisicamente", embora tenha garantido que "está pronto para ajudar". "Perdemos um jogador, mas tivemos cuidado com o nosso orçamento e conseguimos trazer de volta um jogador que já cá esteve. Estou muito satisfeito com isso."
Já quanto a Di María disse ser um jogador que dá à equipa "muita qualidade e uma mentalidade vencedora". "Estou muito satisfeito com sua a atitude e mentalidade, que vai contribuir para o Benfica. Chegou de férias, mas trabalhou muito individualmente. Pode não estar nas condições ideais, mas nas próximas semanas o objetivo é fazer com que os jogadores estejam todos bem", assumiu.
Roger Schmidt recordou depois o rendimento de Di María na época passada para considerar um "bom exemplo" daquilo que espera para Renato Sanches. "O Ángel jogou o maior número de minutos na época passada e também chegou ao Benfica após uma época com lesões e pouco ritmo. Por outro lado, é verdade que tivemos uma experiência com Bernat na qual infelizmente não tivemos sorte. Estou ciente da situação do Renato, sabemos perfeitamente que nem sempre conseguiu estar em condições e apto nos últimos tempos, sabemos do risco, mas confiamos no nosso departamento médico, na nossa equipa e na motivação do Renato", sublinhou, garantindo que o internacional português é "um jogador que impressiona", pois "não estava à espera de vê-lo ao nível que tem demonstrado durante os treinos". "Sei que vai ser um jogador muito importante para nós", vaticinou.
O treinador do Benfica abordou ainda a possibilidade de o extremo David Neres rumar ao Nápoles. "Não sei se as partes já chegaram a acordo", disse, recusando a dizer se o brasileiro irá ser opção.
Sobre o onze a utilizar em Famalicão escondeu o jogo. "Quando analisarem a nossa pré-época, dá para perceber que os titulares escolhidos estiveram sempre bem. Claro que há potencial para existirem certas alterações, mas é óbvio que não vou mudar tudo", disse, deixando antever que irá manter a mesma equipa, até porque "os jogadores que estiveram na pré-época jogaram bem". "Estou satisfeito com todos os jogadores", sublinhou.
Nesste sentido, Schmidt garantiu que a sua equipa está "pronta para começar" a I Liga. "O estado de espírito, o foco e concentração nos treinos foram muito bons. Já testámos vários sistemas táticos, foi uma pré-época longa e agora precisamos de competir", disse, admitindo que "jogar com o Famalicão será uma tarefa difícil", até porque "causaram problemas nos últimos anos". Certo é que para esta partida, o treinador alemão não irá contar com Rollheiser e Schjeldrup, que continuam a recuperar de lesões.