Em 2024 já foram assassinadas em Portugal 25 mulheres, entre 1 de janeiro e 15 de novembro, segundo o relatório preliminar do Observatório de Mulheres Assassinadas, promovido pela UMAR e apresentado esta quarta-feira no Porto.
O número é similar ao do período homólogo de 2023, mas apresenta uma diferença importate: cresceu o número de assassinatos catalogados como femicídio - ou seja, motivados por violência de género. Este ano, 20 dos 25 cassos de mulheres assassinadas referem-se a situações de femicídio, um aumento de 33% face ao ano anterior.
Desses 20 casos de femicídio, 16 deles ocorreram em contexto de intimidade e, destes, 15 foram cometidos por homens e um por mulheres. Segundo os dados apresentados pela equipa do OMA/UMAR, 12 desses casos ocorridos em contexto de intimidade aconteceram em relações que estavam atuais, enquanto quatro ocorreram em contexto de relações que já tinham terminado.
Em oito desses casos de femicídio em contexto de intimidade havia filhos em comum entre ofensor e vítima, e em três deles os filhos eram menores.
Dos outros quatro casos de femicídio, três reportam a situações de contexto familiar não íntimo e um aconteceu em contexto de violência sexual.