Médio está insatisfeito
16 março 2024 às 12h04
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Kökçü visa treinador do Benfica: "Schmidt prende-me demasiado" a tarefas defensivas

O médio encarnado garante que Roger Schmidt prometeu dar-lhe liberdade quando foi contratado ao Feyenoord por um valor recorde (25 milhões de euros) para os encarnados. "Quero dar muito mais à equipa", disse em entrevista do jornal neerlandês De Telegraaf.

Orkun Kökçü está insatisfeito com o papel que lhe foi atribuído pelo treinador Roger Schmidt no Benfica e expressou isso mesmo numa entrevista ao jornal neerlandês De Telegraaf, no qual assume que não se sente importante na equipa.

"Passei por um período difícil por causa do problema com a minha posição na equipa", assumiu, acrescentando que esta primeira época na Luz "não tem sido o que esperava". 

"No mercado de transferências no verão passado, fiz uma escolha consciente pelo Benfica com a ideia de que este era o melhor passo na minha carreira para me desenvolver ainda mais em todas as áreas, mas isso aconteceu apenas em parte", disse o internacional turco contratado ao Feyenoord por 25 milhões de euros, o que o colocou como a transferência mais avultada de sempre do Benfica.

No entanto, Kökçü nunca sentiu que o dinheiro investido tenha correspondido ao tratamento que lhe tem sido dado. "Vi como outros jogadores foram colocados em destaque em Portugal e em outros grandes clubes. Isso cria um certo status. Desde o início que nunca me fizeram sentir importante. Nem pelo treinador. Mas não sou o tipo de pessoa que bate o punho na mesa ou faz exigências, mas talvez tenha sido modesto demais justamente pelo papel que ele me deu", atirou, garantindo que Roger Schmidt lhe disse que "teria uma função semelhante à que tinha no Feyenoord", onde definia "as linhas de passe e os caminhos do jogo da equipa". Nesse sentido assume: "sempre quis jogar para a frente."

O médio revela que Schmidt lhe disse que "seria um jogador importante para ele" e que "o clube também disse o mesmo". "O treinador não precisou de falar muito sobre o que pretendia de mim. Pareceu-me bastante lógico como deveria jogar no Benfica. Eu senti mais: ele sempre me viu nos Países Baixos, joguei ótimas partidas contra ele, 'saberá o que fazer com minhas qualidades', pensei."

Nesse sentido, disse ser um tipo de jogador "mais eficiente para uma equipa se tiver liberdade". "Quero dar muito mais à equipa. Schmidt prende-me demasiado a todo o tipo de tarefas defensivas. E isso não é necessário se quiseres mesmo rentabilizar as minhas qualidades. Consigo encontrar soluções no campo, penso à frente, sou conhecido pelo meu passe em progressão. Mesmo esta época, a estatística sublinha isso mesmo. Ainda posso significar muito mais para o Benfica, talvez seja aí que reside uma parte da minha frustração."

Kökçü admitiu ainda ter ficado "irritado e dececionado" nas vezes que foi substituído ao intervalo. "Naqueles momentos, sabia que poderia dar muito mais à equipa", assumiu.