O Governo decidiu aumentar 25% ao valor pago aos bombeiros voluntários que integram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) e que estiveram a combater os fogos entre os dias 15 e 19 de setembro, nas regiões Norte e Centro do país, de acordo com informação divulgada ao DN por fonte oficial do Ministério da Administração Interna (MAI). O argumento do Executivo liderado por Luís Montenegro para avançar com a medida é a retribuição à “extraordinária mobilização a que uma vez mais assistimos, por parte de milhares de mulheres e homens bombeiros”.
O despacho que contempla esta majoração, assinado esta semana pelo secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, determina que o valor diário pago aos bombeiros é, até agora, “respetivamente 67,30 euros e 78,30 euros, consoante se trate de bombeiros integrantes das várias equipas ou bombeiros do quadro de comando”. Com mais 25%, as diárias passam a ser 84,13 e 97,88 euros.
O DN sabe que a primeira estimativa corresponde a cerca de 20 mil presenças no terreno, que radicam no facto de terem estado mais de cinco mil bombeiros a combater as chamas especificamente naquele período e naquelas regiões, considerando que há bombeiros que trabalharam mais do que um dia.
Como corolário, há mais de cinco mil bombeiros voluntários que vão receber mais 25% no valor diário que está previsto.
“Foi transmitido à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) para, com a maior brevidade possível, apurar os valores devidos ao abrigo deste despacho e promover a transferência dos valores para as Associações Humanitárias com a máxima brevidade”, esclarece o documento partilhado pela fonte.
A adornar esta medida, o Governo reforça os elogios aos operacionais, sublinhando a justificação dada anteriormente: “Todos os agentes de Proteção Civil, e em especial os bombeiros, demonstraram ser, uma vez mais, verdadeiros exemplos de resiliência e empenho, num contexto em que o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) foi colocado sob forte pressão e empenho máximo de meios”.