Daqui a um mês, manifestantes vão sair às ruas em Lisboa contra imigrantes e “por mais segurança” em Portugal, numa correlação direta e sem provas de que imigrantes são responsáveis pela criminalidade no país. Após uma semana da convocação por André Ventura, o DN apurou que a mobilização não surtiu tanto efeito, apesar de o partido ter colocado em prática a estratégia de propaganda virtual massiva entre os seus membros. Mesmo entre os demais partidos, pouca atenção se deu ao tema.
Mas, se a convocação para a mobilização nas redes sociais, até agora, não resultou em grande adesão popular, a manifestação já tem grande simpatia de grupos extremistas. É o caso do 1143, liderado pelo neonazi Mário Machado, e da Reconquista, de Afonso Gonçalves.
Logo após o anúncio do protesto, Mário Machado celebrou a iniciativa. O nacionalista atribui ao seu grupo, o 1143, a realização da manifestação de André Ventura. “Depois de mais de um ano sem sair à rua, e das manifestações ‘Contra a Islamização da Europa’, ‘Menos Imigração, Mais Habitação’, e a já agendada ‘Reconquistar Portugal’, todas anti-imigração organizadas pelo Grupo 1143, o Chega é forçado a sair à rua. A força e o impacto da estratégia metapolítica do 1143 é inegável”, escreveu nas redes sociais e no chat do Telegram. E ainda acrescentou que o grupo deseja uma “forte adesão” no dia 21 de setembro. “Desejamos uma forte adesão à manifestação do Partido de Direita”, finalizou Machado.