O Benfica goleou este domingo na Luz o Rio Ave por 5-0, com Bruno Lage a manter-se 100% vitorioso na I Liga, após quatro partidas, subindo ao terceiro lugar.
Em relação ao jogo com o Feyenoord, houve uma alteração no onze, com Beste a render Florentino, colocando-se como extremo esquerdo, enquanto Aursnes foi o médio mais recuado, papel habitualmente cumprido por Florentino.
Foram precisos apenas 12 minutos para o Benfica fazer o 1-0, numa finalização fácil de Aktürkoglu, após boa iniciativa de Aursnes pelo flanco direito, a fazer recordar a posição de lateral que o norueguês desempenhou em tantos jogos na temporada passada. Quatro minutos depois, Aktürkoglu voltou a não perdoar, desta vez de cabeça, após lançamento longo de Di María, aproveitando a descoordenação dos centrais e guarda-redes visitantes. A bola foi ao meio-campo depois do golo e, logo a seguir, o jogador que veio do Galatasaray esteve perto do hat-trick, tendo valido a primeira de muitas boas intervenções do guardião Miszta.
Sucediam-se os lances de perigo junto da baliza visitante, frente a um Rio Ave que era uma sombra da equipa que na época passada fez uma hora inicial de luxo na Luz, tendo no entanto acabado por perder (1-4), depois da expulsão de Aderllan Santos aos 58’. E foi sem surpresa que Aktürkoglu chegou ao 3-0, mesmo em cima do intervalo, em mais um lance que ilustra bem a facilidade de remate e capacidade concretizadora do extremo. E vão oito golos nos primeiros sete jogos ao serviço do Benfica para o internacional turco! Há 59 anos que ninguém conseguia fazer igual de águia ao peito e só oito futebolistas tiveram registo igual ou melhor nos sete primeiros encontros pelas águias.
Quem continua muito apagado é Pavlidis, que apesar dos 26 golos marcados pela equipa nos oito desafios oficiais sob o comando de Bruno Lage, só faturou por duas vezes em 895 minutos de utilização. Este domingo teve uma oportunidade de ouro aos 40’, completamente isolado, mas atirou fraco e à figura. Aos 50’ marcou, mas o golo foi anulado por fora de jogo.
Com o jogo decidido, Bruno Lage aproveitou para fazer descansar Aktürkoglu, substituindo-o por Amdouni aos 62’, com Arthur Cabral a render Pavlidis no mesmo minuto. O ponta de lança brasileiro entrou com tudo e na primeira vez que tocou na bola, obrigou Miszta a boa defesa.
O Benfica continuou a todo o gás: Aursnes dominava a seu bel-prazer no meio-campo, Di María e Kökçü desequilibravam, enquanto Arthur Cabral e Amdouni eram avançados com fome de golo, que não paravam um segundo, tentando aproveitar as bolas que lhes chegavam. Sem dificuldades, os recém-entrados Schjelderup e Amdouni estabeleceram o 5-0 final.
Quanto ao Rio Ave, que teve no guarda-redes a sua principal figura, ao impedir uma goleada ainda mais volumosa, foi uma equipa totalmente inofensiva e com grandes dificuldades a defender, no fundo o espelho de uma Liga portuguesa cada vez mais dividida entre os três grandes… e os outros: nas 25 partidas disputadas na atual edição por Sporting, FC Porto e Benfica contra adversários que não outro dos grandes, só dois não terminaram com triunfo do favorito (Benfica em Moreira de Cónegos e Famalicão).