Nem o golo “acordou” o Benfica, que continuou a apresentar um futebol lento, sem ponta de imaginação e com falta de ligação a Pavlidis, desamparado na frente. Num plantel com tantas e boas opções para as posições de extremo, médio ofensivo e ponta de lança, parece muito curto apresentar um onze com dois médios posicionais (Fiorentino e Leandro Barreiro) e com dois jogadores como João Mário e Aursnes como falsos extremos. O único verdadeiro criativo era Prestianni, que também estava muito apagado, longe do nível que demonstrou na pré-temporada.
O Benfica acelerou finalmente nos últimos dez minutos da primeira parte, altura em que aumentou igualmente os níveis de agressividade. Era o flanco esquerdo o centro da ação dos lisboetas, com Beste bastante ativo, mas os visitantes foram para o descanso com apenas dois remates, e sem o mínimo de perigo, através de Morato e de Pavlidis. Para além do golo, também o Famalicão pouco mais fez em termos ofensivos, com exceção de um lance aos 36’ que parecia uma cópia do golo, mas dessa vez, Tomás Araújo foi mais rápido e conseguiu tirar a bola a Sorriso, quando o brasileiro já se preparava para ficar de novo isolado diante de Trubin. No entanto e com exceção dos já referidos 10 minutos finais, os minhotos não tiveram problemas em controlar o adversário durante a primeira parte.
No recomeço, Kökçü entrou para o lugar de Prestianni, mas o Benfica apresentava a mesma apatia da primeira parte. O 2-0 esteve perto aos 54’, quando Trubin ia dando um frango a remate de Rochinha, acabando por defender a bola à terceira, em grandes dificuldades.
Foi preciso esperar pelo minuto 59 para vermos uma oportunidade de golo do Benfica, com um remate do meio da rua de João Mário a obrigar Luiz Júnior a magnífica intervenção. Logo a seguir, Roger Schmidt fez dupla substituição, com Carreras e Marcos Leonardo a entrarem para os lugares de Beste e Florentino. João Mário passou a ocupar uma posição central no meio-campo.
O Benfica passou a ser mais dominador, muito por culpa da boa entrada de Marcos Leonardo, mas sem conseguir criar mais lances de perigo junto da baliza visitada. Foi então que, aos 72’, Roger Schmidt se virou para o lado e mandou o campeão do mundo Di María entrar em campo, para o lugar de Leandro Barreiro. E na primeira vez que tocou na bola, o argentino sofreu falta, muito perto da grande área do Famalicão, cobrando ele próprio o livre, com a bola a rasar a trave.