Malawi
11 junho 2024 às 11h57
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Não há sobreviventes no acidente de avião do vice-presidente do Malawi

O avião militar que transportava o vice-presidente do país desapareceu do radar na segunda-feira, depois de não conseguir aterrar, e caiu na floresta.

O presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, afirmou esta terça-feira que não houve sobreviventes no acidente de avião militar que transportava o vice-presidente Saulos Chilima e outras nove pessoas.

"O avião foi encontrado e estou profundamente triste e lamento informar todos que se revelou uma tragédia terrível", anunciou, num discurso televisionado.

O avião militar que transportava o vice-presidente do país desapareceu do radar na segunda-feira, depois de não conseguir aterrar, e caiu na floresta.

Junto com outras nove pessoas, o vice-presidente, Saulos Chilima, de 51 anos, seguia no avião, que descolou pouco depois das 09:00 locais (06:00 em Lisboa) da capital em direção à cidade de Mzuzu, 370 quilómetros a nordeste, para assistir ao funeral de um antigo membro do governo.

A ex-primeira-dama do Malawi, Shanil Dzimbiri, também estava a bordo.

"À chegada a Mzuzu, o piloto não conseguiu aterrar devido à fraca visibilidade por causa do mau tempo e as autoridades aéreas aconselharam o avião a regressar a Lilongwe, mas rapidamente perderam o contacto com o aparelho", contou o Presidente.

Um sinal de telecomunicações permitiu localizar o avião num raio de 10 quilómetros em torno da Riaply, uma empresa trituradora de madeira, a sul de Mzuzu, anunciou.

Segunda-feira à noite, nesta zona, as equipas de busca revistaram a pé e à luz de lanternas a floresta de Chikangawa, onde, segundo testemunhos não confirmados, foi avistada a queda de um avião, noticiaram os meios de comunicação locais.

O Presidente, que deveria partir para uma visita de trabalho às Bahamas, cancelou a viagem.

Primeiro vice-presidente eleito em 2014, Saulos Chilima, uma figura política carismática, era muito popular no Malawi, especialmente entre os jovens.

Em 2022, durante o seu segundo mandato, foi suspenso do cargo depois de ter sido preso e processado por corrupção no âmbito de um escândalo envolvendo um empresário anglo-malauita.

Em maio, um tribunal do Malawi anulou as acusações, após várias audiências.