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Cultura
29 agosto 2024 às 00h04
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Kalorama: três dias dedicados à música e às artes visuais

A terceira edição do evento está de regresso ao Parque da Bela Vista até sábado com concertos de Sam Smith, LCD Soundsystem, Burna Boy, entre outros.

O Meo Kalorama regressa hoje ao Parque da Bela Vista, em Lisboa, para três dias dedicados à música e à arte. Com programação até sábado, o cartaz conta com nomes como Sam Smith, LCD Soundsystem, Burna Boy, Jungle e Massive Attack, entre outros. A terceira edição do festival tem agendadas 53 atuações musicais distribuídas por quatro palcos. Hoje, dá-se o regresso dos Massive Attack a Portugal no palco principal do Kalorama. Os ingleses de Bristol estiveram cinco anos afastados dos palcos e iniciaram em junho em Gotemburgo, na Suécia, uma série de novos concertos. Neste primeiro dia, outro regresso: Sam Smith também no palco Meo, depois da sua passagem pelo festival  NosAlive no ano passado.

Amanhã, atuam no palco principal Jungle, que regressam depois de dois concertos esgotados no Campo Pequeno, no ano passado. E também  os nova-iorquinos LCD Soundsystem, liderados por James Murphy, voltam a pisar os palcos portugueses.

O último dia de festival conta com a  estreia da britânica Raye e o regresso de Burna Boy a Portugal, onde atuou em  2022. Uma das novidades do festival deste ano é  o Palco Lisboa, por lá vão atuar Loyle Carner, ⁠English Teacher, ⁠Glockenwise, ⁠Yves Tumor, Jalen Ngonda, Nation of Language. “Queremos trazer a cidade para dentro do festival. Isto permite-nos também, de alguma forma, consolidar a marca Lisboa”, explica Andreia Criner - diretora de comunicação da Last Tour, promotora do festival -, referindo-se ao nome do novo palco.

Últimos preparativos no recinto do Festival MEO Kalorama 2024, no Parque da Bela Vista, em Lisboa.
Leonardo Negrão



Durante estes três dias, para além do festival em Lisboa, o Kalorama vai pela primeira vez acontecer em Madrid, Espanha, nas mesmas datas. O Parque da Bela Vista vai ter  ligação com o Centro de Exposições IFEMA Madrid, lugar onde se vai realizar o evento em Espanha. Isso será feito por câmaras e um ecrã, através dos quais o público de ambos os eventos poderá interagir.

Mais uma vez a vertente artística vai continuar a fazer parte da terceira edição do festival com a Underdogs, uma plataforma cultural de Lisboa. Este ano a temática é Interconnectedness (interligação, em português). Nuno Pimenta é o artista responsável pelo Palco Meo e Ana Malta pelo Palco San Miguel. Já no Palco Lisboa, a parte artística será da autoria do artista LS.  Haverá uma rampa de skate  concebida pelo artista Manel Alma. Neste local, haverão demonstrações de skate e um workshop deste desporto olímpico.  

Outra novidade vai ser o espaço Balore no Parque da Bela Vista com vários pontos de informação sobre inclusão, direitos humanos e sustentabilidade. Esta edição vai ter, pela primeira vez, linguagem gestual no palco principal, uma oficina para cadeiras de rodas e uma área junto aos palcos para surdos sentirem a batida das músicas. Sendo a sustentabilidade outro dos pilares principais do festival, segundo a organização, o diretor da Last Tour Portugal, Diogo Marques, referiu numa entrevista recente ao DN que este ano os combustíveis são eco  para reduzir ainda mais a pegada ecológica. O evento vai continuar a parceria da Refood, para a qual irá doar as sobras alimentares. 

Festival sem dinheiro físico

Tal como nas edições anteriores, o Kalorama continua a ser um evento sem dinheiro físico. Todos os bilhetes vão ser trocados por uma pulseira que pode ser carregada com dinheiro com o telemóvel ou em pontos específicos no recinto. Andreia Criner  relembra que durante o evento as temperaturas vão ser elevadas, mas à noite existe uma quebra acentuada. “Sugerimos às pessoas que tragam camadas de roupa para poderem ir despindo e vestindo conforme a situação que se vai sentir da Parque.”

O recinto disponibiliza a entrada de powerbanks e garrafas de plástico de capacidade máxima 50cl.