O Sporting sobreviveu a uma Atalanta muito capacitada e conseguiu um empate (1-1) com sabor a ferro. “Tivemos alguma sorte hoje com as três bolas no poste, também mandámos uma”, admitiu Rúben Amorim no final da partida, explicando que “era preciso sobreviver” para “levar a eliminatória viva para Itália”. A partida da segunda mão dos oitavos de final da Liga Europa joga-se em Bérgamo já no dia 14.
O jogo de hoje no Estádio José Alvalade foi um entre velhos conhecidos. A Atalanta é aquele adversário (indesejável na maior parte das vezes) que os sorteios mais têm colocado no caminho europeu dos leões. Na oitava vez que se enfrentaram, a equipa italiana voltou a ser um osso duro de roer.
Não sendo um jogaço, a partida de hoje provou que nem sempre o golo dá confiança e tranquilidade a quem marca primeiro e fica cedo em vantagem no marcador. Ao fim de 15 jogos seguidos, Viktor Gyökeres foi para o banco e deu lugar a Paulinho, que abriu o marcador num daquele lances de génio que só um jogador como Trincão sabe ter quando está bem fisica e mentalmente. Com espaço o extremo lançou o avançado em profundidade e ele atirou cruzado para a baliza.
Feito o 1-0, os leões foram sendo anulados progressivamente por uma Atalanta aguerrida e inteligente na pressão sobre a linha defensiva da equipa do Rúben Amorim, que continua a suspirar pelo regresso de Gonçalo Inácio. Os italianos foram fazendo aviso, atrás de aviso. Emil Holm e Gianluca Scamacca acertaram no mesmo poste da baliza de Franco Israel no espaço temporal de um minutos!
O guarda-redes leonino ainda fez uma grande defesa para impedir o golo de Marten Roon, mas acabou ligado ao golo do empate. Vendo Scamacca a isolar-se, Israel saiu da baliza para impedir que a bola chegasse ao italiano, mas acabou por fazer um alívio para os pés de Miranchuk, que de forma inteligente tirou Diomande, Coates e Quaresma do caminho antes de servir Scamacca para o 1-1. O mesmo Scamacca podia ter consumado a reviravolta no marcador antes do intervalo, mas o guardião leonino aliviou para canto.