O debate arrancou com a política fiscal e nesse ponto a sintonia é grande. “Estamos de acordo em muita coisa. O IRS é uma delas”, afirmou André Ventura, que voltou a defender a descida do imposto sobre os rendimentos do trabalho, a baixa do IRC e o fim do IMI, “o imposto mais estúpido do mundo”. Sem apresentar grandes contas e admitindo que o fim do IMI penalizará os municípios, Ventura lá explicou que estas reduções fiscais serão progressivas.
Tal como Rui Rocha, André Ventura acredita que a descida fiscal fará crescer a economia. “Vamos atrair muito mais investimento se tudo correr bem”, disse sobre a descida do IRC (ideia que partilha com a IL e o PSD). Isto, apesar de apenas 56,9% metade das empresas terem pagado IRC em 2020, com uma quebra no número de empresas que pagam este imposto de 20% em três anos.
Depois de explicar que a sua proposta de descida de IRC custará entre 4 e 5 mil milhões de euros, Rui Rocha apontou como desperdício os investimentos feitos pelo Estado para segurar a CP, a TAP e a Efacec.
Um dia depois de ter debatido com Pedro Nuno Santos, que o acusou de querer cortar impostos “por magia”, Rui Rocha diz que com a IL não haverá esse “desperdício” nas empresas seguras pelo Estado esses euros “ficam no bolso dos portugueses”.
De resto, Rui Rocha recuperou um mantra que em tempos foi de Passos Coelho e Paulo Portas para explicar que os cortes fiscais se pagam com “eficiência” e “redução do desperdício do Estado”. “Com isso eu estou de acordo”, dizia entredentes André Ventura.