Médio Oriente
19 agosto 2024 às 18h54
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Israel aceitou proposta de cessar-fogo em Gaza - Blinken

Secretário de Estado norte-americano apelou ao movimento islamita palestiniano Hamas para fazer o mesmo.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou esta segunda-feira que Israel aceitou uma proposta para um cessar-fogo em Gaza e para a libertação dos reféns, e apelou ao movimento islamita palestiniano Hamas para fazer o mesmo.

"Numa reunião muito construtiva com o primeiro-ministro Netanyahu hoje, ele confirmou-me que Israel apoia a proposta de ponte (de Washington). O próximo passo importante é o Hamas dizer 'sim'", afirmou.

As declarações foram feitas pelo chefe da diplomacia dos Estados Unidos após uma reunião de duas horas e meia com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, no âmbito da sua nona missão de emergência ao Médio Oriente desde o início do atual conflito no pequeno enclave palestiniano, controlado pelo Hamas desde 2007.

Blinken já tinha referido que era chegado o momento de concluir um acordo de cessar-fogo em Gaza que devolveria a Israel os reféns detidos pelo Hamas e à população do enclave a ajuda humanitária necessária, após mais de 10 meses de combates devastadores.

Na sua intervenção após a reunião com o chefe do executivo israelita, Blinken não disse se tinham sido abordadas as preocupações do Hamas, nomeadamente o controlo de dois corredores estratégicos em Gaza exigido por Israel.

O representante norte-americano deverá deslocar-se ao Egito na terça-feira. Os Estados Unidos, o Egito e o Qatar têm estado há meses a tentar mediar um acordo entre Israel e o Hamas, tendo as conversações sido repetidamente interrompidas.

Nas mesmas declarações, Blinken também garantiu que Israel concordou em apoiar os esforços de vacinação das crianças de Gaza contra a poliomielite, na sequência de um apelo da ONU em resposta ao primeiro caso confirmado em 25 anos no território palestiniano.

"Estamos a trabalhar com o Governo israelita e penso que poderemos propor um plano nas próximas semanas. É urgente. É vital", indicou o secretário de Estado norte-americano.