Médio Oriente
31 julho 2024 às 19h27
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Netanyahu diz que Israel desferiu golpes severos nos inimigos nos últimos dias

"Qualquer pessoa que mate os nossos filhos, qualquer pessoa que assassine os nossos cidadãos, qualquer pessoa que prejudique o nosso país – a sua cabeça está marcada por um preço”, disse o PM israelita

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendeu esta quarta-feira que Israel desferiu "golpes severos" nos seus inimigos nos últimos dias, mencionando explicitamente a eliminação, na terça-feira, do líder militar libanês do Hezbollah, Fouad Chokr, nos subúrbios de Beirute.

Na madrugada de hoje, também o chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em Teerão num ataque atribuído a Israel, pelo movimento islamita palestiniano e pelo Irão, que prometeu vingar a sua morte, levantando receios de uma escalada do conflito no Médio Oriente. Mas neste caso os israelitas não reconheceram a responsabilidade pelo assassínio. 

"Eliminámos o braço direito de Hassan Nasrallah [líder do Hezbollah], que foi diretamente responsável pelo massacre de crianças", realçou Netanyahu, durante um discurso televisivo, numa referência à morte de 12 jovens num ataque no sábado atribuído por Israel ao movimento armado xiita libanês.

“Acertámos as nossas contas com Mohsen e acertaremos as nossas contas com qualquer pessoa que nos prejudique”, disse, usando o nome de guerra de Shukr.

“Qualquer pessoa que mate os nossos filhos, qualquer pessoa que assassine os nossos cidadãos, qualquer pessoa que prejudique o nosso país – a sua cabeça está marcada por um preço.”

O Hezbollah negou a responsabilidade pelo ataque aos Montes Golã, no sábado.

Netanyahu defendeu a campanha militar de Israel em Gaza. O primeiro-ministro tem enfrentado imensa pressão interna e externa de para pôr fim à guerra e concordar com um cessar-fogo e um acordo para trazer de volta os reféns ainda detidos no território palestiniano.

"Se tivéssemos ouvido estas vozes, não teríamos eliminado os líderes do Hamas e milhares de terroristas, não teríamos destruído infra-estruturas terroristas... não teríamos criado as condições que nos aproximariam de um acordo que permitirá tanto a libertação de todos os nossos reféns e a realização de todos os objectivos da guerra", disse.