A Liga dos Campeões está de volta esta noite e com um jogo à altura de uma verdadeira final, que vai colocar frente a frente o Real Madrid e o Manchester City, precisamente os dois últimos clubes vencedores da prova milionária. Será também um duelo entre dois dos treinadores mais titulados de sempre - juntos somam 64 troféus.
Pep Guardiola, 53 anos, treinador do City desde 2016, é o segundo técnico da história do futebol com mais troféus, num total de 37, apenas superado por Alex Ferguson (49). Nesta lista de ilustres, Carlo Ancelotti, 64 anos, do Real Madrid, ocupa a sexta posição, com 27, superado pelos dois já referidos e ainda por Ottmar Hitzfeld (28), Valeri Lobanovski (30) e Mircea Lucescu (32).
Há contudo uma competição na qual Ancelotti não dá hipóteses à concorrência. O italiano (cumpre hoje 200 jogos na Champions) é o treinador com mais Ligas dos Campeões, com quatro - 2002/03 e 2006/07 pelo AC Milan; 2013/14 e 2021/22 pelo Real Madrid. Já Guardiola tem três - 2008/09 e 2010/11 pelo Barcelona; 2022/23 pelo Manchester City -, o mesmo número de Bob Paisley e Zinedine Zidane.
Os dois técnicos são também velhos conhecidos e já estiveram frente a frente em 10 ocasiões (seis na Champions, três na Liga inglesa e uma na Taça de Inglaterra). E Guardiola também se superioriza neste duelo particular, com seis vitórias, um empate e três derrotas.
O italiano, porém, leva vantagem nas eliminatórias que disputou com Guardiola na Liga dos Campeões (sempre nas meias-finais) - seguiu em frente duas vezes e ficou pelo caminho numa. A primeira foi na época 2013/14, quando Ancelotti orientava o Real e Guardiola o Bayern Munique (os merengues venceram em casa por 1-0 e fora por 0-4). Em 2021-22, o Real voltou a levar a melhor, desta vez nos desempate por penáltis. Mas no ano passado o City vingou-se, apurando-se para a final (que viria a ganhar), ao golear por 4-0 (com um bis do internacional português Bernardo Silva) em Inglaterra depois de ter perdido pela margem mínima em Madrid.
Uma goleada que foi recordada ontem por Ancelotti. “Nesse jogo atuámos sem coragem e personalidade. São aspetos fundamentais nestas partidas e na época passada faltou-nos isso”, disse o italiano, admitindo estar “nervoso”: “O sofrimento faz parte do nosso trabalho. É o que nos mantém vivos, mas é gasolina para mim. De um e outro lado há jogadores de enorme qualidade e isso pode ser determinante para o desfecho do jogo.”