Francisco Wanderley Luiz, identificado pela polícia como o homem que se fez explodir esta quarta-feira (já madrugada de quinta em Lisboa) perto do Supremo Tribunal Federal (STF), publicou uma hora antes do ataque à bomba uma série de ameaças à mais alta Corte do Brasil. Luiz, que foi candidato a vereador nas municipais de 2020 pelo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, divulgou prints que mandava a si próprio com recados, entretanto replicados pelo site Metrópoles.
“Vocês poderão comemorar a verdadeira proclamação da República”, diz uma das mensagens, a propósito de sexta-feira, dia 15, quando se comemora aquela data no Brasil.
"Vamos jogar??? Polícia Federal vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda: William Bonner, José Sarney, Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin… Vocês quatro são velhos cebosos [sic] nojentos”, escreveu ele noutra publicação, referindo-se a um apresentador da TV Globo, a dois antigos presidentes e ao atual vice de Lula da Silva.
Noutra mensagem diz ainda que escolheu o dia 13 para lançar a bomba por não gostar do número - "13" é o número que o PT, de Lula, usa nas urnas eletrónicas no país.
Francisco Wanderley Luiz, que foi candidato a vereador de Rio do Sul, em Santa Catarina pelo Partido Liberal em 2020, sob o nome Tiü França, é o dono do carro carregado com fogos de artifício que explodiu, instantes antes da bomba que o matou em frente a Supremo, no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados.