Comunicação às 20.00
27 novembro 2024 às 16h42
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Montenegro fala hoje ao país de segurança interna após reunião com ministras e diretores das Polícias

"Segurança interna", é a explicação oficial para a declaração ao país. Encontro acontece no dia em que a PJ deu cumprimento a vários mandados de busca envolvendo "vários suspeitos" do incêndio num autocarro em Santo António dos Cavaleiros que em outubro feriu gravemente o motorista.

O primeiro-ministro Luís Montenegro vai falar hoje ao país a partir das 20.00, confirmou fonte do Governo ao DN. O PM irá falar após uma reunião em São Bento, agendada para as 19.00, com a ministra da Justiça, da Administraçao Interna e os diretores da PJ, PSP, GNR e o secretário-geral adjunto do Sistema de Segurança Interna (SSI).

Após a declaração ao país, Luís Montenegro, estará disponível para responder a perguntas sobre a questão de "segurança interna".

Nenhuma da fontes contactadas pelo DN confirma se esta declaração está relacionada, mas também não negam, com o caso da morte de Odair Moniz e a onda de tumultos gerada nos dias seguintes.

Garantido, garantem fontes do Governo ao DN, é que Montenegro estará pelas ministras e pelos dirigentes das forças de seguranças, mas será o único a prestar declarações. 

Porém, este encontro acontece no dia em que foi noticiado que a Polícia Judiciária (PJ) deu cumprimento a vários mandados de busca no concelho de Loures, distrito de Lisboa, envolvendo "vários suspeitos" do incêndio num autocarro em Santo António dos Cavaleiros que em outubro feriu gravemente o motorista.

Por esclarecer ainda se na declaração ao país, o primeiro-ministro estará acompanhado pela ministra da Justiça, a ministra da Administração Interna, o diretor nacional da Polícia Judiciária, o comandante-geral da GNR, o diretor nacional da PSP e pelo secretário-geral adjunto do SSI.

Os suspeitos hoje detidos pela PJ são alegadamente os responsáveis pelo incêndio e ataque direto contra um autocarro em Santo António dos Cavaleiros, em Loures, durante a onda de tumultos gerada na Área Metropolitana de Lisboa pela morte de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP no Bairro da Cova da Moura, na Amadora, há cerca de um mês.

O cabo-verdiano Odair Moniz, de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado por um agente da PSP na madrugada de 21 de outubro, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois.

Nos tumultos que sucederam à sua morte, nos dias seguintes, foram incendiados mais autocarros, dezenas de automóveis e contentores do lixo, mas o ataque que deixou em estado grave o motorista é o mais grave em investigação.

*Com Lusa