Exatamente um mês depois da fuga, Fábio “Cigano” Loureiro foi detido em Marrocos. Escapado de Vale de Judeus com mais quatro reclusos (estes ainda em parte incerta), Fábio era um dos que cumpria uma das penas mais pesadas. Foi apanhado em Tânger, estando “mais magro, sem barba e quase irreconhecível”, numa operação de cooperação internacional entre PJ e as polícias espanhola e marroquina.
Desde 2009, Portugal e Marrocos têm acordos de extradição, o que significa que Fábio Loureiro deverá regressar ao nosso país. Mas o processo ainda pode demorar. Primeiro, terá de ser presente a um juiz num tribunal marroquino. Só depois poderá ser extraditado, podendo sê-lo por duas vias: ou através da diplomacia ou, então, pela Interpol. Tendo em conta que foi emitido uma “notícia vermelha” junto desta polícia e, também, um mandado de detenção internacional, a convicção é a de que Fábio Loureiro é para extraditar, algo reiterado pela própria PJ em comunicado.
Certo é que, de acordo com fonte ligada à defesa citada pela Lusa, Fábio Loureiro vai "opor-se à extradição para Portugal", sendo esta terça-feira será representando por um advogado marroquino para tentar evitar o regresso a território nacional para cumprir pena. Ainda assim, a mesma fonte não adiantou, para já, os fundamentos que serão apresentados para contestar o pedido de extradição formulado pelas autoridades portugueses.
No entanto, o desfecho não está dependente dele, mas sim da ponderação da justiça marroquina.
Só depois de todo este processo é que se poderá proceder, então, à extraditação do recluso.
Quando voltar a Portugal, é provável que seja colocado na prisão de Monsanto, a única de segurança máxima - onde Fábio já tinha estado, e de onde também já tentara fugir.