O presidente da Junta de Freguesia de Fátima, Humberto Silva, expressou esta segunda-feira preocupação com a insegurança, na sequência da morte de um imigrante na madrugada de domingo após uma discussão na via pública.
"Eu sinto-me preocupado. Somos uma cidade turística, os turistas [que] vêm a Fátima e os peregrinos [que] vêm Fátima gostam de sossego, sentem-se aqui bem", afirmou à Lusa Humberto Silva, manifestando aflição com "estas perturbações, estes conflitos entre gangues, entre grupos de migrantes".
O presidente da Junta adiantou existirem vídeos nos quais é possível ver "em plena rua" pessoas "a passarem no meio das esplanadas" e, embora já fosse tarde, "mesmo assim, ainda estavam pessoas nas esplanadas".
Num dos dois vídeos a que a Lusa teve acesso, alegadamente relativos aos incidentes na madrugada de domingo, vê-se cerca de 30 pessoas a correrem na rua Jacinta Marto, algumas das quais munidas de paus.
"Estou preocupado com esta situação. Começamos a ser a cidade dos tumultos", reiterou o autarca.
Humberto Silva adiantou que já ocorreram outros episódios, "mas não com esta gravidade", situações já abordadas com a Guarda Nacional Republicana (GNR) e Polícia Judiciária (PJ).
Para o autarca, as condições em que vivem os imigrantes podem potenciar conflitos.
"Viverem 30 pessoas numa casa com capacidade para cinco ou seis, já se sabe como é que é", referiu Humberto Silva.
O presidente do Chega, André Ventura, aproveitou as redes sociais para comentar o que se passou em Fátima, tendo partilhado um vídeo, alegadamente relativo aos desacatos que resultaram num morto.