Primeiro rebentou a crise na Madeira, com uma operação policial que viria a provocar a queda do executivo regional liderado pelo PSD. No dia seguinte, as ruas de Lisboa encheram-se com milhares de polícias num protesto massivo que se alargou ao Porto e fez tremer o Governo do PS. Dois acontecimentos que entraram pela campanha eleitoral, mas que, a julgar por uma sondagem da Aximage para o DN, JN e TSF, terão um efeito limitado a 10 de março: só 31% dos portugueses admitem, num caso, como no outro, que têm a força suficiente para influenciar o seu sentido de voto.
O trabalho de campo da sondagem decorreu entre 8 e 13 de fevereiro, o que significa, no caso da Madeira, que não reflete os últimos desenvolvimentos: os três detidos a 24 de janeiro foram libertados, três semanas depois, pelo juiz de instrução, com a indicação de que não havia indícios de que tivessem cometido qualquer crime. Antes dessa reviravolta, 59% dos portugueses garantiam que não teria influência no seu sentido de voto. Em particular os mais velhos (78%) e os que votam nos três partidos mais à esquerda (Livre, CDU e BE).