Na Alemanha a seleção de futebol ucraniana bateu a congénere eslovaca - cujo novo governo tem uma posição pró-russa, em linha com a Hungria -, mas a vitória mais importante veio de Bruxelas, com a confirmação oficial da abertura das negociações para a adesão do país (bem como da Moldávia) na terça-feira, e a indicação de que irá receber a primeira fatia dos juros dos bens russos congelados.
A Bélgica, que detém a presidência rotativa do bloco, informou que as negociações com a Ucrânia e com a Moldávia arrancam na terça-feira no Luxemburgo. “Milhões de ucranianos, e na verdade gerações do nosso povo, estão a realizar o seu sonho europeu. A Ucrânia está a regressar à Europa, onde pertence há séculos, como membro de pleno direito da comunidade europeia”, afirmou Zelensky nas redes sociais.
Apesar de a etapa entre o estatuto de candidatos à adesão e o início das negociações ter demorado apenas dois anos, ambos os países sabem que a adesão não está à esquina. Até lá toda a assistência é bem-vinda. O comissário europeu do Comércio, Valdis Dombrovskis, disse que a Ucrânia vai receber o primeiro pagamento de 1,5 mil milhões de euros dos lucros dos ativos russos congelados na UE “antes das férias de verão”. Os 27 concordaram em maio disponibilizar cerca de 3 mil milhões de euros anuais relativos ao dinheiro russo que na sua maioria está alocado a uma empresa de serviços financeiros na Bélgica.