Educação
25 outubro 2024 às 11h30
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Mais 3.344 professores nas escolas, mas ainda há 23 mil alunos sem aulas

"Não podemos viver com milhares de alunos sem aulas", disse o ministro da Educação. Salientou a importância do plano "Mais Aulas, Mais Sucesso", que disse ser responsável pelo "regresso de 557 professores", que em tempos abandonaram o ensino e agora decidiram voltar para as escolas.

As escolas têm agora mais 3.344 professores, mas ainda há cerca de 23 mil alunos que não tem aulas a pelo menos uma disciplina desde o início do ano, revelou esta sexta-feira o ministro da Educação.

O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, apresentou esta sexta-feira no parlamento alguns números da aplicação do plano "Mais Aulas, Mais Sucesso", composto por 17 medidas para reduzir o número de alunos sem aulas, concluindo que neste momento há "mais 3.344 professores no sistema educativo".

No entanto, acrescentou, é um ano letivo marcado por 54 mil alunos que em algum momento dos dois meses de aulas já decorridos tiveram falhas a pelo menos uma disciplina e neste momento ainda há cerca de 23 mil crianças e jovens com professores em falta.

"Não podemos viver com milhares de alunos sem aulas", disse o ministro, salientando a importância do plano "Mais Aulas, Mais Sucesso", que disse ser responsável pelo "regresso de 557 professores", que em tempos abandonaram o ensino e agora decidiram voltar para as escolas.

Há também "mais sete mil alunos com aulas, graças aos professores que aceitaram prolongar o seu horário", outra medida do plano que permite às escolas convidar os docentes dar mais algumas aulas.

Durante a sua intervenção inicial no debate sobre política setorial, Fernando Alexandre lembrou ainda a polémica em torno da disciplina de Cidadania, defendendo que as políticas de educação "devem ser orientadas por dados e estudos", criticando "opiniões ziguezagueantes".

Fernando Alexandre voltou hoje a lembrar que está a decorrer uma revisão e atualização de todas as disciplinas, que irá decorrer ao longo deste ano letivo e que deverá ter efeitos no próximo (2024/2025).

"Não acreditamos nas rotinas da última década", disse, defendendo que "as escolas precisam de foco, não precisam de disrupção", mas "há espaço para melhorias", com respeito pelos direitos e liberdades de todos.